A Copel aumentou em R$ 420 milhões o lucro anual, em relação a 2016. A empresa estatal de energia registrou lucro líquido de R$ 1,118 bilhão em 2017, frente a R$ 789 milhões no ano anterior - alta de 41,7%. O crescimento foi consequência de uma série de fatores – o reajuste no valor da tarifa, a elevação no número de clientes (tanto os cativos como os do mercado livre, que podem escolher de qual companhia comprar energia), o aumento do consumo, motivado pela melhora na economia, e a redução, em 5,1%, no PSMO – termo do mercado financeiro para despesas (como pessoal, operacionais e de custeio).
O balanço estava atrasado e foi divulgado na noite desta quinta-feira (12). O montante do lucro que irá para os acionistas ainda será decidido em assembleia, sendo que o mínimo é de 25% e, no ano passado, chegou a 50%. O governo do Paraná, que é o maior acionista com 31%, ficará, portanto, com a maior parte dos resultados. Apesar de voltar à casa de R$ 1 bilhão, o lucro de 2017 não bateu os recordes históricos, que continuam sendo de R$ 1,3 bilhão em 2014 e R$ 1,26 bilhão em 2015.
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A empresa alega que fez investimentos de R$ 2,5 bilhão em 2017 e que o principal destaque vai para o projeto Mais Clic Rural, que busca o uso de tecnologias para melhorar a eletrificação e a manutenção dos sistemas nas áreas de distritos e fazendas. A receita operacional líquida da companhia em 2017 foi de R$ 14 bilhões.
Atraso por investimento “problemático” da UEGA
O balanço anual da Copel foi divulgado com atraso pelo segundo trimestre seguido por causa da investigação de um investimento “problemático” feito pela Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA), que é controlada indiretamente pela estatal. No documento divulgado na quinta-feira, a empresa relata que a investigação sobre o aporte ainda não foi concluída, mas a avaliação de seus efeitos sim, e que com isso vai provisionar R$ 136,9 milhões prevendo desvalorização desse investimento. E também efetuou correções nos seus resultados relativos a 2016.
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“[A conclusão é] que o referido investimento ocorreu em desacordo com a política de investimento da Copel, a qual dispõe que a alocação de recursos financeiros em fundos exclusivos pode ocorrer quando esses forem compostos exclusivamente por títulos públicos federais e/ou títulos emitidos por instituições financeiras públicas federais”, diz o comunicado da empresa ao mercado.
No balanço do terceiro trimestre do ano passado, a Copel descreveu o ativo como em um fundo multimercado, com saldo de R$ 157,1 milhões em 30 de setembro (queda em relação aos R$ 165,7 milhões apurados no final de 2016).
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