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Movimento na rodoferroviária de Curitiba. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo
Movimento na rodoferroviária de Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo

Quem mora em Curitiba pode comprar passagens de ônibus diretas para 436 municípios brasileiros, o que faz da capital paranaense a 9.º cidade do país com mais ligações rodoviárias desse tipo, empatada com Salvador (BA). A liderança no quesito é de São Paulo, com 1.477 ligações, seguida por Belo Horizonte (643) e Goiânia (606). O levantamento não leva em conta os municípios que são considerados como região metropolitana.

Os dados são da pesquisa inédita “Ligações Rodoviárias e Hidroviárias 2016”, lançada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30). Completam a lista das dez primeiras Campinas (4º, com 596 ligações), Brasília (5º, com 576), Rio de Janeiro (6º, com 470), Porto Alegre (7º, com 438) e Feira de Santana (8º, com 437).

O estudo revela que, em todo o país, existem 233.980 pares de ligações, de transporte rodoviário e hidroviário, entre as sedes de 5.423 municípios. Os três estados que apresentam o maior número de saídas semanais são: São Paulo (467.532), Minas Gerais (397.978) e Bahia (342.730).

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“A localização, por exemplo num grande eixo rodoviário, faz com que o índice de ligações diretas suba”, disse Marcelo Motta, pesquisador do IBGE.

A ligação regular mais inacessível do ponto de vista financeiro é a viagem entre Fortaleza e Pelotas (RS). A passagem de ônibus mais barata entre as duas cidades custa R$ 931,26. A viagem leva 76 horas, um pouco mais do que três dias. Uma pesquisa no Google informa que a distância rodoviária entre as duas cidades é de 4.467 quilômetros. De carro, a viagem levaria 52 horas, um pouco mais de dois dias inteiros, sem trânsito e sem parar.

Metodologia

Entraram na conta todas as formas de transporte público de passageiros regular, regularizado ou informal. As informações foram levantadas entre julho e janeiro passados, diretamente com os responsáveis pela venda das passagens. O IBGE desconsiderou viagens entre as cidades de um mesmo “arranjo populacional” (classificação semelhante à de região metropolitana), para não confundir as viagens com a estrutura de mobilidade urbana.

A pesquisa identificou 320 municípios em que não há transporte público para outras cidades. Nesses casos, “a população se utiliza apenas de transporte particular”, ou o transporte público “não atende aos requisitos de regularidade temporal ou espacial” da pesquisa. Quando regular, a ligação entrou na pesquisa, mesmo que o transporte não fosse legalizado.

O IBGE usou a declaração do CNPJ como uma indicação de transporte informal e verificou que ele se destaca no Nordeste, “seguindo o padrão nacional de distribuição da renda”. “As linhas de maior frequência são aquelas que se direcionam para as capitais, oriundas de seu entorno, principalmente Recife (PE) e João Pessoa (PB)”, diz o relatório da pesquisa.

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