Os nomes dos deputados estaduais Ademar Traiano (PSDB) e Plauto Miró (DEM) voltaram a ser envolvidos no esquema da Operação Quadro Negro , que investiga desvios de verbas na construção e obras de escolas públicas na gestão Beto Richa (PSDB) . Segundo a RPC, ambos foram citados pelo ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação (Seed) Maurício Fanini, em delação premiada homologada pela Justiça em janeiro – veja o que dizem os acusados. As declarações reforçam o que já havia sido dito pelo empresário Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor e principal delator da ação, que teria desviado pelo menos R$ 20 milhões dos cofres públicos.
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De acordo com Maurício Fanini, dinheiro da Assembleia Legislativa teria sido usado para pagar os cerca de R$ 6 milhões em oito aditivos nas obras das escolas – que praticamente não andaram. O pedido de acréscimo de mais recursos, inclusive, é chamado de “amador” pelo delator. Ele diz que a justificativa para o aumento do valor das obras era praticamente o mesmo em todos os casos, mudando apenas as cifras.
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Nas declarações feitas na gravação do depoimento e exibidas pela emissora, o ex-diretor da Seed afirma que os dois deputados participaram e sabiam do esquema, assim como o ex-governador, mas alega ter tratado diretamente apenas com Plauto Miró – então primeiro-secretário da Alep. “Tratei [com Plauto]. Porque o Plauto me chama pra perguntar se Eduardo [Lopes de Souza] era uma pessoa de confiança, porque ele, Plauto, já tinha tratado com o Beto, mas ele estava confuso, desconfiado que não fosse receber a parte dele. Ele me pergunta se eu avalizava”, contou.
Como os deputados têm foro privilegiado, o inquérito criminal contra eles está no gabinete do procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia. O caso é sigiloso.
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Outro lado
À RPC, Ademar Traiano disse estar com a consciência tranquila e que o caso está entregue a seu advogado. Falou ainda que já se manifestou sobre o assunto e destacou que “até o momento não houve nada contra o deputado Traiano. Portanto, acho que chegou o momento de cessar esse tipo de afirmação porque já se condenou muita gente de forma injusta”.
Também à emissora, Plauto Miró disse não ter nada a comentar. “Não faço parte desse elo de irregularidades que aconteceram nesta área de construção de escolas. Estou me defendendo na Justiça e o tempo vai mostrar que estou falando a verdade”, complementou.
A defesa de Beto Richa também alegou à tevê que as alegações “não são verdadeiras” e que “vai mostrar isso no processo”.
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