Depois de um servidor do gabinete do vereador Mauro Bobato (Podemos) ter sido flagrado usando o carro oficial da Câmara em uma viagem particular para Balneário Camboriú (SC), Professor Euler (PSD) anunciou, durante a sessão plenária desta terça-feira (19), que abre mão da prerrogativa de ter um veículo custeado pela Câmara Municipal à disposição de seu gabinete. Com a decisão, o parlamentar também não vai utilizar a cota de 200 litros de combustível mensais à qual tem direito.
“Tenho meu carro, por que preciso de um carro disponibilizado com dinheiro público? A gente vive um momento em que se fala tanto da crise econômica, que o município não tem dinheiro, o carro acaba sendo uma forma de esbanjar dinheiro público”, afirmou o vereador.
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Na tribuna, ele também falou sobre as dificuldades de se controlar o uso do veículo e disse que já vinha pensando na devolução. “Conversei com os meus assessores e falei para eles que, com o salário que ganham, têm condições de ter carro. Eles compreenderam, entenderam que é um momento diferente. Temos que começar a cortar benefícios ou o país não aguenta”, disse.
Na Câmara Municipal de Curitiba, cada vereador tem direito a um veículo modelo Sandero ou Voyage 1.6 flex 2015. Além disso, os sete membros da Mesa Diretora e a Corregedoria possuem um carro adicional. A Presidência da Casa, por sua vez, possui outro veículo. Dessa forma, a Câmara da capital tem, no total, 47 automóveis associados a mandatos parlamentares. Cada veículo locado custa mensalmente R$ 1.475 para os cofres da Casa.
Além dos veículos, os parlamentares têm direito também a uma cota mensal de 200 litros de combustível.
Câmara conduz sindicância para apurar irregularidade
O caso do servidor que o utilizou o veículo indevidamente está sendo apurado pela administração da Câmara Municipal. Um processo administrativo disciplinar foi aberto ainda na semana passada para apurar possíveis irregularidades e a responsabilidade no uso dos veículos. O prazo para que o servidor se manifeste termina nessa semana.
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