Duas semanas depois de regulamentar o funcionamento de serviços como Uber e Cabify por meio de um decreto, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN) disse que vai estudar a possibilidade de que os taxis da cidade sejam movidos a energia elétrica. Sem dar mais detalhes sobre a ideia, o prefeito pediu aos taxistas que aceitem as mudanças nas formas de transporte individual de passageiros.
“Vou estudar a possibilidade de eletrificação dos taxis e convido os taxistas a não se acorrentarem ao passado, a deixarem a era do rádio e a entrarem na era da internet”, afirmou o prefeito.
Recentemente, um taxista da capital se acorrentou na Ponte Estaiada para protestar contra a regulamentação de aplicativos de transporte individual. Na faixa de protesto pendurada na ponte, Nereu da Silva dizia que, com a regulamentação, o prefeito havia decretado a morte dos taxistas.
As entidades que representam os taxistas reagiram com contrariedade ao decreto do Executivo e têm articulado para buscar meios de controlar o número de carros a serviço dos aplicativos de transporte. O vereador Jairo Marcelino (PSD), defensor histórico dos taxistas, propôs na Câmara Municipal que cada aplicativo de transporte individual seja limitado a ter, no máximo, 1,5 mil veículos operando em Curitiba.
A fala de Greca aconteceu em uma visita surpresa que o prefeito fez à Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (2). Em sua breve passagem pelo Legislativo – que durou menos de uma hora – além do recado aos taxistas, Greca também afirmou que caso as empresas do transporte coletivo não cheguem a um acordo para a compra de novos ônibus, a própria prefeitura vai fazê-lo. Além disso, o prefeito informou também que os projetos de aumento do ITBI e de mudanças no ISS, que foram retirados de tramitação ontem pelo próprio Executivo, retornarão à Câmara depois de serem rediscutidos e reformulados.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura