Em 2015, deputado se envolveu numa confusão no Congresso Federal.| Foto: Arquivo/

O deputado federal Hidekazu Takayama (PSC/PR) se envolveu numa discussão de trânsito por volta das 18 horas deste sábado (14), na esquina da Rua Brigadeiro Franco com a Avenida Vicente Machado, em Curitiba. As circunstâncias ainda estão sendo apuradas, mas as informações repassadas à Polícia Militar, que foi acionada para atender a ocorrência, indicam que o caso acabou em agressão. À reportagem da Gazeta do Povo, o parlamentar argumentou que “foi só uma briguinha de trânsito” (leia o posicionamento de Takayama mais abaixo)

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Não é a primeira vez que Takyama se vê envolvido em uma situação desse tipo: em 2015 ele discutiu com o motorista do então senador Delcídio Amaral (PT-MS), na chapelaria do Congresso Federal. O parlamentar e o motorista discutiram por causa de uma vaga de estacionamento. Imagens das câmeras de segurança do Senado captaram o instante da confusão à época. O vídeo mostra que Takayama agrediu primeiro o motorista, que reagiu com violência. No caso de 2015, o deputado negou que tenha começado a briga e que respondeu a impropérios recebidos.

Pastor da igreja Assembleia de Deus e pré-candidato ao Senado, ele esteve na Gazeta do Povo em maio para participar das sabatinas com os concorrentes. Na ocasião, falou sobre a confusão ocorrida em 2015. Takayama também falou sobre a declaração polêmica dada no passado, de que homem não foi feito para o trabalho doméstico, o deputado afirmou que suas palavras tinham sido distorcidas. Contudo, durante a sabatina, disse que “cozinha foi feita para a mulher” e que cuidar dos filhos e da casa é uma atividade tipicamente feminina, alegando que “isso não inferioriza a mulher”.

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O caso

Até as 21 horas deste sábado, ainda não tinham sido divulgados detalhes oficiais sobre a ocorrência. O que se sabe é que uma testemunha presenciou uma confusão, motivada por uma divergência de trânsito, e chamou a polícia, pelo telefone 190, para “separar a briga”. A equipe foi até o local, mas as partes teriam entrado em acordo.

A Gazeta do Povo entrevistou Takayama, que apresentou a versão dele para o ocorrido. Ele estaria indo para casa, num Azzera branco, trafegando pela Brigadeiro Franco, quando um caminhão ocupou mais do que o espaço de uma pista. Ele teria também se deslocado para o lado. Nesse momento, o motorista da terceira pista, também num carro branco, não teria gostado da manobra e teria passado a “fechar” o carro do deputado e a ofendê-lo.

“O que é isso, rapaz?”, teria questionado o deputado. O outro motorista teria impedido a passagem de seu carro. Ambos desceram dos veículos e começou o bate-boca. Takayama afirma que não agrediu ninguém - nem o motorista nem a mulher que estava com ele -, mas que o rapaz teria chutado várias vezes a porta do carro do parlamentar, causando danos.

Ele registrou um boletim de ocorrência, mas afirma que não pretende tomar mais nenhuma medida – somente cobrar o prejuízo, se o conserto ficar muito caro. “Foi só é um briguinha de trânsito”, resumiu. A reportagem está tentando contato com a outra parte envolvida na ocorrência.

O que dizem Takayama e o outro envolvido

Depois da publicação da reportagem, o deputado procurou a Gazeta do Povo, por meio da assessoria de imprensa. Em nota, ele lamenta que fatos passados tenham sido associados à ocorrência de agora e pondera que é estranho esse tipo de divulgação em período eleitoral. Também solicita que um vídeo com parte da discussão na rua seja incluído na reportagem.

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Ao receber as imagens na noite de sábado, a Gazeta do Povo optou por não divulgá-las porque não mostravam como a confusão havia começado e porque envolvia terceiros. No vídeo, aparece uma troca de ofensas e um homem chuta a porta do carro do deputado e depois dá um safanão no parlamentar – durante a entrevista por telefone, Takayama negou que tivesse sofrido agressão física.

Sobre a divulgação do caso ocorrido em 2015, o entendimento foi de que o precedente e a postura polêmica do parlamentar são importantes para contextualizar os fatos. Além disso, a versão dada pela deputado sobre a ocorrência recente, obtida em entrevista por telefone, foi publicada.

O outro envolvido no incidente, Rafael Santos, é dono de uma pizzaria e contou o seu lado da história neste domingo (15) de manhã. “Fui tirar satisfação com o deputado e discuti. O parlamentar chutou o meu carro e me deu socos no rosto.” Ele pretende ir à polícia para fazer um exame de corpo de delito.