Atraso no pagamento de multa do EstaR está entre as faltas que podem levar o contribuinte ao cadastro de devedores.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Câmara Municipal aprovou nesta segunda-feira (2) em primeiro turno, projeto que institui um novo Cadastro Informativo Municipal (Cadin Municipal), que vai reunir nomes de devedores do município, tanto pessoa física quanto jurídica.

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Toda pendência com o município pode gerar inclusão no Cadin Municipal, segundo o texto do projeto de lei. Entram nessa relação as dívidas relativas a impostos como o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), o ISS (Imposto sobre Serviços) e o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos), relacionado a compra e venda de um imóvel. Até mesmo o atraso de multa do EstaR deve render um lugar na lista de devedores.

A ausência de prestação de contas, exigida para empresas que precisam apresentar informações sistemáticas caso tenham, por exemplo, algum convênio, acordo ou contrato com o município, também pode gerar inserção no cadastro.

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Pelo texto, os devedores não poderão mais firmar convênios e contratos com o poder público ou receber auxílios, subvenções ou incentivos fiscais e financeiros. A lista vai estar disponível para consulta pública.

O Cadin vai trazer a identificação do devedor, a data de inclusão no cadastro e o órgão responsável pela inscrição. Os devedores terão acesso a seus respectivos registros incluídos na lista, garantido pelo artigo 6º da lei aprovada.

Até cinco dias para sair da lista

O projeto de lei define ainda que os nomes só serão inscritos no cadastro depois que o devedor for comunicado por escrito sobre o débito. Regularizada a pendência, a exclusão dos dados acontece em um prazo máximo de até cinco dias úteis.

A ideia da prefeitura é que o cadastro se transforme também em um incentivo ao pagamento em dia dos débitos com o município e, claro, uma maneira de reduzir a inadimplência fiscal.

O novo Cadin é o último projeto de lei do Plano de Recuperação proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN) em tramitação na Câmara. Aprovado em primeiro turno com 32 votos favoráveis e nenhum contrário, segue nesta terça-feira (3) para votação em segundo turno. Após aprovação no Legislativo, a prefeitura tem 180 dias para regulamentar a lei, período em que será considerada a possibilidade de permitir consulta pública ao cadastro.

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O texto já havia sido apresentado à Câmara em março deste ano, inicialmente como projeto de lei complementar. Foi retirado para correções técnicas e virou projeto de lei ordinária.