Duas empresas se candidataram para analisar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da construção de uma ponte ligando Guaratuba a Caiobá, em Matinhos. As participantes são a Engemin, de Curitiba, e a ECR Engenharia, de São Paulo. A primeira fase da licitação aconteceu na tarde desta sexta-feira (22). A partir de gora, uma equipe de três técnicos do DER irá analisar as propostas apresentadas e emitir um laudo. Só depois do parecer técnico é que serão abertos os envelopes com a proposta de preço. O governo estadual está disposto a pagar até R$ 919 mil pelo estudo. As próximas etapas da licitação acontecem em janeiro.
A aprovação do projeto não garante a realização da obra, que ainda não tem qualquer previsão para ser executada. A vencedora entregará um estudo, feito ao longo de 270 dias, sugerindo alternativas de engenharia para a construção, considerando vários cenários econômicos e ambientais.
A discussão sobre a possibilidade de construir a ponte de Guaratuba se arrasta há mais de cinco décadas. Um dos principais empecilhos para a construção da ponte – além da discussão sobre os impactos ambientais – é o custo do projeto em relação ao fluxo de veículos, concentrado nos meses de temporada de verão. O edital divulgado pelo governo considera a hipótese de concessão da ponte, ou seja, que a obra seja feita por uma empresa que ganhe o direito de cobrar pedágio.
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O projeto pode também ser uma parceria público-privada (PPP). É que, se a ponte ficar muito cara e a quantidade de pagantes for pequena, o governo pode custear parte das despesas para que a tarifa não fique muito pesada. Por ano, cerca de 1 milhão de veículos trafegam nos acessos a Guaratuba. O percurso rodoviário é pela Serra do Mar, descendo pela BR-376 e depois pela BR-101, o que inclui entrar em Santa Catarina, na altura de Garuva, e depois retornar ao Paraná. Pelo mar, cortando a baia de Guaratuba, a ligação depende do ferryboat, que transporta cerca de 100 mil veículos, com tarifas entre R$ 3,40 (moto) e R$ 46,90 (caminhão com reboque).
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