No RG, está escrito Claudia Silvano. O Paraná todo, no entanto, só a conhece como Claudia do Procon. Diretora do órgão de defesa do consumidor desde 2011, ela talvez seja um dos maiores exemplos em toda a estrutura do governo do estado de como um gestor técnico pode fazer a diferença no poder público. Ao contrário de nomeações políticas, que, em grande medida, contribuíram para levar o país ao buraco em que se encontra hoje.
Servidora pública estadual “com muito orgulho” desde 1981, Claudia Silvano começou a trabalhar no Procon dez anos depois. Passou por todos os setores do órgão: pesquisas de preço, atendimento telefônico, relação com os Procons municipais, audiências entre empresas e consumidores. Com essa trajetória, foi alçada ao cargo de diretora no primeiro mandato de Beto Richa (PSDB) e segue lá desde então, mesmo com a saída dele do governo.
“Fico muito feliz por terem reconhecido o meu trabalho. Tive a compreensão de todos os secretários que passaram pela Secretaria [da Justiça, a qual o Procon é vinculado] do quanto é importante ter alguém de carreira na diretoria, para prestar um bom serviço à população. Que bom se fosse assim em todos os locais”, afirma. Ao ressaltar que não “caiu de paraquedas” no comando do órgão, Claudia diz que conhecer a instituição do início ao fim a deixa mais à vontade para exercer a função de diretora e para orientar os funcionários e os Procons municipais de todo o estado.
DESEJOS PARA O PARANÁ: Critérios técnicos na formação da equipe
Bastante ativa nas redes sociais, ela também comemora a visibilidade que o mundo virtual tem trazido para o Procon, a ponto de, por exemplo, o Paraná ter o maior número de registros do país no site consumidor.gov.br – o portal permite uma comunicação direta com as empresas, que precisam responder às reclamações no máximo em dez dias. “A boa defesa do consumidor é proporcionar soluções rápidas, efetivas e fáceis. Por isso, também precisamos ouvir o mercado, saber como funciona o outro lado e viabilizar pontes, com diálogo e não com embate. Só multas não atendem aos anseios do cidadão. Nosso papel é servir e prestar um bom atendimento. É para isso que a gente trabalha.”
Vida dedicada à educação
A trajetória de Maria Onide Sardinha na educação não é diferente da carreira construída por Claudia Silvano na defesa do consumidor. Professora desde 1973, ela foi alfabetizadora, docente do 5º ao 9º ano, do ensino médio e também de cursos de graduação e pós-graduação, coordenadora e diretora de escola, avaliadora do Ministério da Educação (MEC). Ingressou no governo do estado como servidora efetiva em 1988, já tendo se aposentado como professora de Matemática e também como pedagoga.
Com tamanha experiência, foi escolhida em 2011 por Richa chefe do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, que reúne 16 municípios do Norte do estado. “Isso é o que conta. Tudo o que vivi me abriu o olhar, fez com que eu saísse de várias situações difíceis. Quando todos têm aflição para resolver o problema, você consegue ter serenidade e segurança para errar menos, ter tranquilidade para tomar as melhores decisões”, afirma.
ELEIÇÕES 2018: acompanhe notícias do Paraná
LEIA MAIS: Alunos do PR avançam em Português e Matemática em avaliação do MEC
Maria Onide ainda destaca o respeito que recebe do mundo político com quem precisa se relacionar justamente pela bagagem profissional na área. “Claro que houve um grupo que trabalhou para que eu assumisse o núcleo, mas todos me respeitam muito por saber que não cheguei aqui apadrinhada. É evidente que a educação é um ato político, mas não sou filiada a nenhum partido, não me envolvo em questões partidárias. Por isso, nunca tive dificuldade de acesso em nenhum município, na Secretaria de Educação, na Fundepar.”
Detalhes de depoimento vazado de Mauro Cid fragilizam hipótese da PF sobre golpe
Na onda do STF, Governo planeja remover conteúdo de usuários; assista ao Sem Rodeios
Pautas da oposição vão na contramão do governismo de Motta e Alcolumbre
ONU nomeia general brasileiro para tentar acabar com guerra na República Democrática do Congo
Deixe sua opinião