Imagem de vídeo transmitido no Facebook mostra mão do candidato atingida por bala de borracha.| Foto: Reprodução/Facebook

O candidato a deputado estadual Renato Almeida Freitas Júnior (PT) foi atingindo por dois tiros de bala de borracha, desferidos pela Guarda Municipal de Curitiba, na noite de deste domingo (9). Ele afirmou que estava panfletando na Praça do Gaúcho, quando recebeu ordem para sair do lugar. Renato, que é advogado, teria dito que tinha o direito de estar ali e foi quando, segundo ele, foram feitos os disparos.

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O candidato transmitiu, por meio de uma live no Facebook, o momento em que estava sendo levado no camburão pela Guarda Municipal. A imagem mostra a mão esquerda sangrando muito. A bateria do celular acabou e a gravação foi interrompida. A Gazeta do Povo tentou contato pelo celular, que continua desligado. Ele foi levado para o Hospital Cajuru.

A Guarda Municipal emitiu nota informando que foi chamada por moradores, em torno de 19 horas, para resolver uma questão de perturbação de sossego. De acordo com o comunicado, Renato fazia parte de um grupo que avançou contra seis guardas municipais, momento em que foi ferido com balas de borracha.

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O candidato ao governo do Paraná pelo PT, Dr. Rosinha, emitiu uma nota em que demonstra preocupação com o caso, alegando que se trata de um caso de perseguição a um negro, integrante de movimentos sociais, e que pretende cobrar a apuração dos fatos.

Problemas anteriores

Em agosto de 2016, quando era candidato a vereador, Renato foi preso pela Guarda Municipal no Largo da Ordem. Segundo o boletim de ocorrência, ele ouvia música (rap) em volume alto, em um carro – um Hyundai i30 – e teria desacatado agentes da Guarda Municipal que o abordaram.

O advogado nega que tenha desobedecido às ordens dos guardas e diz que começou a ser agredido depois de ter autorizado buscas no automóvel. Ele ficou detido por três horas e afirma que sofreu uma série de agressões físicas e psicológicas, além de injúrias raciais – como dúvidas de que seria advogado por ser negro. Em julho de 2017, ele foi novamente preso ao filmar policiais que o abordaram, alegando “atitude suspeita”. Renato afirma que foi chamado de “lixo” pelos agentes e que decidiu questioná-los depois da revista policial.