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Beto Richa, candidato ao Senado, e Ogier Buchi, concorrente ao governo do Paraná. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Beto Richa, candidato ao Senado, e Ogier Buchi, concorrente ao governo do Paraná.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A eleição para governador e duas cadeiras de senador do Paraná poderão ter um asterisco assim que os votos forem todos computados, no final da tarde de domingo (7). A candidatura de Ogier Buchi (PSL), um dos dez concorrentes ao governo, está mantida, mas a validação dos votos ainda depende de um aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já Beto Richa (PSDB), um dos 14 nomes ao Senado, ainda não teve o registro julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), e pode ter a candidatura indeferida porque é alvo de três impugnações. Nesse cenário, os votos em ambos seriam divulgados separadamente, deixando em aberto o resultado das eleições majoritárias no estado.

O caso mais problemático é o de Ogier Buchi. Sem o apoio do próprio partido, que está alinhado a Ratinho Junior (PSD) e tem lutado para derrubar a candidatura dele, Ogier teve o registro de candidatura indeferido pelo TRE. Com isso, vai recorrer ao TSE, em Brasília. Segue na briga. A tendência, porém, é que o recurso não seja julgado até o próximo domingo. Além disso, o nome e a foto de Ogier já estão nas urnas eletrônicas que serão usadas em todo o Paraná.

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Diante do imbróglio, os votos recebidos pelo candidato do PSL serão divulgados, mas aparecerão contabilizados separadamente pelo TRE. E isso pode ser decisivo para definir se haverá ou não segundo turno na eleição para governador. Pela legislação, para vencer no primeiro turno é preciso que um candidato receba metade mais um dos votos válidos (quando são excluídos os brancos e nulos). Quanto maior o número de votos válidos, mais difícil alcançar porcentuais elevados.

No cenário mais caótico possível, um candidato pode obter a quantia de votos necessária para liquidar o pleito já neste fim de semana, quando não serão contados os votos recebidos por Buchi, mas passar a ter número insuficiente mais tarde, caso o candidato do PSL confirme a validade de seus votos no tribunal. Nesse caso, haveria um segundo turno tardio.

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O caso Richa

Já o registro de candidatura de Richa sequer foi analisado pelo TRE. A expectativa é que o julgamento ocorra nesta sexta-feira (5). E a procuradora regional eleitoral Eloísa Helena Machado, do Ministério Público Eleitoral (MPE), já opinou pela impugnação do registro do tucano. Ela concordou com os argumentos dos pedidos de impugnação formulados pelo PSol (em função da condenação em ação de segunda instância pela “parada” em Paris durante uma viagem internacional); pelo MDB (em função de suposta “desincompatibilização parcial” de Richa no governo); e pela própria coligação Paraná Decide, da governadora Cida Borghetti (PP), que pede a exclusão do nome dele da chapa depois das operações Piloto, Integração II e Rádio Patrulha.

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Se o TRE liberar a candidatura de Richa, os paranaenses saberão os dois eleitos para o Senado normalmente, assim que a apuração for concluída. Já no caso de o tribunal votar contra o tucano, ele certamente vai recorrer ao TSE, e não haverá tempo hábil para julgar o recurso até domingo.

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Nesse caso, o ex-governador pode acabar entre os dois primeiros, mas ter de aguardar a confirmação da cadeira no Senado no futuro julgamento em Brasília. Haveria, portanto, possibilidade de o terceiro colocado herdar mais tarde uma eventual vaga conquistada pelo tucano nas urnas.

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