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Mais dúvidas do que certezas  na escolha de dois ocupantes das vagas do Paraná no Senado. | Edilson Rodrigues/Agência Senado
Mais dúvidas do que certezas na escolha de dois ocupantes das vagas do Paraná no Senado.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ainda é nebulosa a nova composição da bancada paranaense no Senado, de acordo com pesquisa Ibope* divulgada nesta terça-feira (4). Enquanto Roberto Requião (MDB) lidera com 43% da preferência na soma das intenções para as duas vagas, 31% do eleitorado ainda não tem ideia em que vai votar para representar o estado na Câmara Alta do Congresso.

O cenário coloca numa situação nada confortável o ex-governador Beto Richa (PSDB). Apesar de ser o segundo candidato mais bem colocado, a soma das menções ao nome dele chega a 28%, o que é menor do que a fatia do eleitorado indecisa até esse momento. A questão é que muitos dos votos “em cima do muro” podem cair para o lado oposto ao tucano, abrindo espaço para outros nomes registrados na disputa.

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Com taxa de confiança de 95%, a pesquisa aponta em terceiro lugar o nome do ex-senador Flavio Arns (Rede). Vice-governador e secretário no primeiro mandato de Richa no Palácio Iguaçu, ele tem 17% das intenções. Em seguida, aparecem Alex Canziani (PTB), com 9% e Mirian Gonçalves (PT), com 4%.

Ao todo, foram ouvidos 1.204 eleitores em todo o Paraná, muitos dos quais pensam em anular ou deixar voto em branco para senadores. Segundo o levantamento, 13% dos entrevistados consideram votar branco ou nulo para a primeira vaga, percentual que sobe drasticamente quando perguntados sobre o segundo voto para senador: nesse caso, 30% das menções são para voto em branco ou nulo.

E caso não houvesse mais tempo para pensar, os eleitores se mostram num impasse ainda maior. É que a pesquisa mostra que 75% não souberam ou não responderam quando perguntados “em quem votariam para o Senado pelo Paraná se a eleição fosse hoje”. Outros 16% votariam branco ou nulo nesse caso.

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Os dados são expressivos, mas mostram um pouco mais de confiança dos eleitores em relação à ultima pesquisa Ibope**, divulgada no dia 22 de agosto. À época, Requião estava à frente com 40% das intenções, seguido de Beto Richa, com 30%. Entre eles, estava o índice de 39% de quem ainda não sabia em quem votar.

Ainda assim, não é impossível colocar Requião e Richa, dois tradicionais arqui-inimigos da política paranaense, lado a lado no Senado. Isso é viável, segundo especialistas, justamente porque o perfil ideológico tem pouca influência na preferência dos eleitores quando se trata de campanha para o Senado. “A tradição do eleitorado paranaense é canalizar mais a escolha dos votos para presidente da República, governador. Para o Senado, entra a figura extremamente conhecida. Essa é uma relação muito mais pessoal do que de ideologia”, explica o sociólogo Cezar Bueno de Lima, professor da PUC-PR.

Quantos aos demais candidatos, Nelton (PDT), Rodrigo Reis (PRTB) e Rodrigo Tomazini (PSOL) tiveram, cada um, 3% das intenções. Compadre Luiz Adão (DC) e Zé Boni (PRTB) somam 2% das menções, enquanto empatados com 1% estão os candidatos Gilson Mezarobba (PCO), Jacque Parmigiani (PSOL), Professor Oriovisto (Pode) e Roselaine Barroso Ferreira (Patriotas).

Recentemente, a Gazeta do Povo realizou uma série de sabatinas com os principais candidatos ao Senado pelo Paraná. Eles tiveram a oportunidade de falar sobre seus projetos e questionar o posicionamento dos seus concorrentes. Veja aqui como foi.

Como votar?

A necessidade de votar em dois candidatos para fechar o quadro de senadores nas eleições deste ano pode gerar confusão. Na hora de definir o voto, é importante lembrar que as duas escolhas que terão de ser feitas têm o mesmo peso eleitoral. Portanto, não importa a ordem do voto que será confirmado nas urnas. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lembra que não é válido votar duas vezes no mesmo candidato. Se um eleitor repetir o número do postulante, o segundo voto é automaticamente anulado.

Ao contrário dos deputados estaduais e federais, os senadores não são representantes do povo, mas sim do estado. Ainda que também atuem na criação de leis e na fiscalização dos atos do presidente da República, estão ligados a papeis ainda mais protocolares, como aprovar nomes indicados à direção do Banco Central, julgar crimes de responsabilidade no âmbito do Governo Federal e autorizar empréstimos a estados e municípios.

*Pesquisa realizada pelo Ibope de 1º a 4/set/2018 com 1204 entrevistados (Paraná). Contratada por: REDE PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO. Registro no TRE: PR-04985/2018. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Confiança: 95%. A primeira pesquisa do Ibope foi realizada de 16/ago a 22/ago/2018 com 1008 entrevistados (Paraná). Contratada por: REDE PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO. Registro no TSE: PR-04869/2018. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Confiança: 95%. OBS: A pesquisa está sendo impugnada por duas representações eleitorais, ajuizadas por interessados diversos, segundo os quais a pesquisa não atendeu aos requisitos previstos na Resolução n. 23.459/TSE, especialmente quanto à insuficiente estratificação para o nível econômico dos eleitores respondentes.

**Pesquisa realizada pelo Ibope de 16/ago a 22/ago/2018 com 1008 entrevistados (Paraná). Contratada por: REDE PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO. Registro no TSE: PR-04869/2018. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Confiança: 95%.

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