O anúncio da desistência de Osmar Dias (PDT) da disputa pelo governo do Paraná, nesta sexta-feira (03), foi o desfecho de uma semana de suspense. As especulações de que Osmar poderia pular fora antes mesmo da convenção do seu partido, marcada para amanhã (4), começaram a se intensificar desde que a aliança com o MDB de Roberto Requião foi enterrada de vez.
Os problemas foram aumentando. No meio da semana veio o anúncio de que Alvaro Dias (Podemos) teria como vice Paulo Rabello de Castro (PSC), que pertence a um dos partidos da chapa de Ratinho Jr. (PSD). Os impasses pareciam não ter fim: Osmar acabou sem o apoio do PSB e fadado a contar com um tempo de TV muito menor do que o dos outros dois principais candidatos.
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À procura do candidato
Com o cenário ficando cada vez mais complicado para o pedetista, a Gazeta do Povo passou a semana acompanhando os passos do então candidato – tudo para tentar decifrar o enigma em que a candidatura de Osmar havia se transformado. Na última quinta-feira (02), a reportagem foi até um dos escritórios dele, no Centro, para tentar falar com o pedetista. No local estavam apenas alguns assessores: o próprio candidato estava em reunião, no comitê do partido, e não falaria com ninguém.
Já nessa sexta-feira (03) os boatos ficaram cada vez mais intensos. A informação era de que Osmar anunciaria a desistência no comitê do partido, onde preparava uma carta. A reportagem foi até lá para descobrir o que estava acontecendo de fato e, mais uma vez, não encontrou o candidato. Aparentemente, o dia seria pacato: de acordo com uma assessora, o único compromisso de Osmar era a convenção do partido, no fim de semana. De resto, nada estava na agenda.
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Desistência surpresa
Minutos depois, entretanto, veio o comunicado oficial da desistência. Foi então que a reportagem tentou novo contato com Osmar, agora para saber os motivos do abandono da candidatura. Um dos assessores do pedetista deu o paradeiro do agora ex-candidato: ele estava em casa, e, mais uma vez, não falaria com ninguém.
No edifício em que ele mora, porém, a informação foi outra. A reportagem pediu para falar com Osmar, mas não foi recebida. Segundo o porteiro, ele não estava em casa. Informações apuradas pela Gazeta do Povo apontam que a imprensa não foi a única a enfrentar o silêncio: nem mesmo companheiros de partido sabiam de antemão da desistência de Osmar. Muitos souberam pela imprensa.
A julgar pela carta divulgada nesta sexta-feira (03), o silêncio será longo.
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