“A reunião daquela noite, depois do debate, foi um horror”, confidenciou uma fonte ligada à campanha de Ratinho Junior à prefeitura de Curitiba. O ano era 2012. Desacreditado de início, o jovem deputado federal do PSC, com 31 anos, havia feito o impossível: saiu de 6% das intenções de voto a poucos meses do pleito para vencer um primeiro turno disputadíssimo pelo Executivo municipal. Agora, estava ali, diante do oponente que não queria, Gustavo Fruet (PDT), em um dos primeiros debates televisivos do segundo turno.
Já nos primeiros minutos a estratégia ficou clara. A fase “paz e amor” havia acabado. Ratinho bateu da cintura para baixo. Criticou a atuação da irmã de Fruet na secretaria de educação, sua ligação com o PT, seus posicionamentos. Era tudo que havia evitado nas semanas anteriores. Não lembrava o candidato que propunha “um jeito novo de fazer política”. “Ele pegou de surpresa inclusive sua equipe. Não era o que eles estavam esperando”, relembra a fonte.
Enquanto seus coordenadores de campanha se entreolhavam assustados nos bastidores, sua imagem desmoronava. A três dias da eleição, Ratinho entregou os pontos em uma entrevista à Gazeta do Povo. “Errei a estratégia”, cravou. Quando se arrependeu da declaração, era tarde. Seus cabos eleitorais já haviam murchado. No dia 28 de outubro, Fruet deu números ao inevitável: levou aquela com mais de 60% dos votos.
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Passaram-se cinco anos. Carlos Roberto Massa Junior, hoje no PSD, ajeita o cabelo enquanto recebe a reportagem para uma entrevista e sessão de fotos na sala da vice-presidência da Assembleia Legislativa do Paraná. Acompanhando de três assessores, mostra sua grande arma: o carisma.
Hoje, aos 36, é simpático, jovial, divertido. Conta piada como poucos. “Deixa eu arrumar o cabelo porque o Galindo [Rogerio Galindo, blogueiro da Gazeta do Povo ] adora usar uma foto minha em que aparece a careca. Antes eu usava um penteado diferente, com muito gel. Aí caía muito meu cabelo. Usava aquele Bozzano azulão. Foi bem na época que eu parei de usar e tinha uma entradona. Só que as fotos que ele pega são dessa época aí. Minha mãe falava: ‘pô, você tá careca, vai fazer um implante’”, se diverte.
O cabelo está impecável, no entanto. É muito mais uma estratégia para quebrar o gelo. Não muito diferente daquelas que o ajudaram a ter fama de bom papo. Em 2012, conta um repórter aqui da casa, ao participar de um evento com capoeiristas, Ratinho se pôs a jogar capoeira com a rapaziada, no meio da praça. Antes, havia dobrado um grupo de motociclistas com a mesma estratégia. Subiu na moto, tirou foto. Esse é um jogo que ele sabe jogar.
“O primeiro ponto forte dele [Ratinho Junior] é a facilidade de oratória. Mas ele tem uma coisa que os outros pré-candidatos [ao governo] não têm: o olhar dele está mais tranquilo que o dos outros. Ele sabe que é difícil, que é um sonho enorme ser governador com essa idade, e por isso está muito livre. Espero que ele tenha a capacidade de escolher as pessoas certas para acompanhá-lo. Ele não precisa saber tudo, mas quem está com ele precisa.”
Anos depois da turbulenta campanha à prefeitura, que o levou à primeira grande derrota na carreira política, após sucessivos recordes de votos no Legislativo, Ratinho Junior volta como nome forte em sua segunda tentativa de um cargo no Executivo, desta vez para o Palácio Iguaçu.
A um ano da eleição para governador, o deputado estadual desponta em parte das pesquisas em um cenário, a princípio, traçado entre ele, Osmar Dias (PDT) e a atual vice-governadora, Cida Borghetti (PP). Em julho, o Paraná Pesquisas apontou uma levíssima liderança do pré-candidato em relação aos possíveis adversários – algo pouco acima da margem de erro de 2%. Sua rejeição é menor do que a de Roberto Requião (PMDB), outro possível postulante ao cargo, e a de Cida.
Aparentemente, Ratinho voltou um pouco mais cascudo do que o candidato que trocou os pés pelas mãos em 2012. Hoje, porém, já não é mais o representante do novo, como aquela campanha pregava. De lá para cá, colou no governo Beto Richa (PSDB), oferecendo o apoio de sua expressiva bancada na Assembleia Legislativa (hoje com 12 cadeiras das 54) e recebendo a pasta da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu), onde permaneceu por quase quatro anos. É nela que está o dinheiro para as obras nos municípios – um motivo e tanto para que os prefeitos dos 399 municípios paranaenses queiram tê-lo na agenda do celular, no Facebook, nas festas de igreja...
Hoje, Ratinho aposta muito mais na imagem de alternativa, surfando em uma tendência que parece mundial: a fuga da política tradicional. Com razão, em partes.
“Não é uma crítica isso, é uma reflexão: se você pegar o Maranhão, são duas ou três famílias [no poder]; Alagoas, duas ou três famílias; Paraná, duas ou três famílias. Isso que eu estou falando dos últimos 30, 40 anos.”
Ele não é um Dias, um Richa ou um Requião, mas ainda assim tem um sobrenome popular. Agora, também uma rede estabelecida de possíveis cabos eleitorais, dinheiro, mídia e traquejo de sobra. Talvez a subida da rampa do Iguaçu não lhe soe tão íngreme quanto há alguns anos.
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O bom trânsito e a facilidade de agregar parecem ser uma característica inerente a Ratinho Junior. Já eleito, em mandato de deputado federal, ele fez questão de manter e estar próximo de suas amizades de infância e adolescência, segundo pessoas de seu convívio.
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“Ele tem um grupo de amigos que está sempre com ele. Conservou as amizades de antes de ficar ‘famoso’. Sempre está com essas pessoas em sua casa, na casa delas, nos churrascos. É um cara extremamente simples, ligado aos amigos e à família”, diz uma fonte que frequentou a casa de Ratinho, em um condomínio de Santa Felicidade, durante alguns anos. “Ele sempre está do mesmo jeitão: de bermuda, camiseta surrada, chinelo. É de bem com a vida, não muda conforme o ambiente. Também se interessa muito pela opinião dos amigos, em saber o que eles pensam”, aponta.
Os programas na hora de folga envolvem sempre os filhos – hoje são três. “É cerveja, música sertaneja. No fim de semana ele fazia questão de montar programações que envolviam as crianças. Viajava com eles nas férias. É um paizão”, diz esta fonte.
Provavelmente a infância simples, de quem morava em uma residência humilde de Campo Largo, o tenha ajudado a transitar por vários grupos sem soar forçado. Seu pai veio de Jandaia do Sul quando ele ainda tinha poucos anos de vida. Juninho veio em seguida. Ratinho, o pai, só começou a emplacar na carreira de radialista no fim dos anos 1980. Até então, o filho tinha uma infância comum, de brincar na rua, na casa dos colegas. Chegou a estudar em escola municipal.
Com o pai ganhando algum dinheiro, foi parar em colégios particulares: um deles o Tuiuti – um dos mais tradicionais da cidade nos anos 1980 e 1990. “Jogávamos bola todos os dias. Ele era magrinho. Acho que parou de jogar faz tempo, quando os quilinhos tomaram conta dele”, brinca um ex-colega de colégio, Rafael Nogueira, que estudou com Juninho, como era chamado, entre a 5ª e 6ª séries. “Éramos bons amigos, de frequentar a casa um do outro. Dávamos muitas e risadas. Ele era um sarrista”, diz o produtor de eventos.
“Na escola ele era muito articulado e adorava uma disputa, seja no futebol ou qualquer outra coisa, como as notas escolares”, diz. Isso ficava evidente quando ele não conseguia espaço no time de futebol que representava a escola, exemplifica Nogueira.
Na época do Tuiuti o pai já era conhecido como repórter policial do ex-deputado [falecido em 2009] Luiz Carlos Alborghetti. O estilo escrachado de Ratinho pai e do apresentador rendia uma certa tiração de sarro da rapaziada. Não o incomodava. “Na época do Tuiuti ele era normal. Nunca foi destaque. Era mais um filho de alguém que poderia ser promissor, mas como vários outros dali. Era um colégio muito conceituado. Sobrenomes que estudavam lá eram Abagge, Leprevost , Rangel, Quadros, Bastos...”, conta outro ex-colega. Isso ajudou a fama do pai a não pesar em suas costas.
Quando o pai se tornou um fenômeno maior, Ratinho Junior já estava no ensino médio. “Todos nós sabíamos, claro, de quem ele era filho. Mas ele parecia bem tranquilo quanto a isso. Era um aluno popular, mas ainda assim bem na dele. Sempre convivia com dois ou três amigos mais próximos”, relembra Marga Tanaka, uma das professoras de sua época de Colégio Ideal, em São José dos Pinhais, nos idos da segunda metade dos anos 1990. Um outro colega, mais próximo, aponta que “ele não era um aluno de destaque”. “Era esforçado, mas acho que se não fosse pelo pai, não teria ido tão longe. Não parecia”, diz.
Mas foi. E bem longe.
Mesmo antes de sair do ensino médio, Juninho já se inseria na rádio AM, com 16, 17 anos. Quando o pai ganhou projeção nacional e trocou o dia a dia paranaense por São Paulo, coube a ele fazer as vezes de comunicador na emissora que Ratinho pai havia comprado, em São José dos Pinhais, onde moravam nesta época.
“A rádio AM é um elo entre a prefeitura e a comunidade. Daqui a pouco o cara [ouvinte] começava a me convidar para ir em uma reunião sobre o asfaltamento da rua tal porque fez a reclamação no rádio”, conta. “Isso me fez, por vontade própria, pensar na política”, relembra. As faculdades incompletas de Administração e Jornalismo, e a completa de Publicidade e Propaganda pela Facinter, foram só o caminho transitório. Dali, Ratinho Junior sabia que caminho seguir. Estava escancarado.
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Não foi uma surpresa. Ratinho Junior atropelou os adversários em 2002, quando quase 190 mil eleitores o colocaram em uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Paraná. O então filiado ao PSB tinha imagem, apelo popular, sobrenome e a visibilidade que as empresas de comunicação do pai lhe garantiram nos anos anteriores. Ele sabia falar aquela linguagem. Não demorou muito a apontar que tinha olhos de águia, não de galinha: queria o Palácio Iguaçu.
“Minha chegada dependeu muito da figura do meu pai. Cem por cento das pessoas que votaram em mim, votaram pelo carinho por ele. Então eu precisava construir o meu caminho, algo que é lento. Esse processo de você desmembrar imagem, de as pessoas verem você, terem confiança em você. É muita energia gasta”, aponta.
Em 2006, construiu mais um degrau na caminhada, desta vez na Câmara Federal. “Eu sabia que não podia ficar como deputado estadual. Eu já vinha de uma linha popular, de radialista. Se eu não mostrasse que queria construir uma trajetória, eu ia morrer deputado estadual”, diz. Para o segundo mandato, em 2010, Ratinho Junior quebrou mais um recorde. Foi o deputado federal mais votado naquele ano, com mais de 350 mil votos.
Se sua atuação política na sua primeira legislatura não foi marcada por grandes manchas, também não foi brilhante. Algo justificável, de certa forma, pela sina que acompanha deputados federais novatos. Seu posicionamento em Brasília sempre tendeu ao apoio ao governo. Com isso, passou à margem de grandes discordâncias. Foi a favor da prorrogação da CPMF (o imposto do cheque) em 2007, para citar um exemplo.
Em 2016, desistiu de uma possível candidatura à prefeitura de Curitiba para um voo mais ousado. Dois anos antes havia sido eleito novamente deputado estadual, com mais uma quebra de recordes: 300 mil votos (carregou mais 11 parlamentares para a Alep). Um cargo que ele só assumiu, de fato, recentemente, em setembro. “Era mais uma estratégia para chegar ao Executivo estadual em 2018”, destacou uma fonte ligada a ele. A Sedu lhe parecia, e era, bem mais interessante.
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O “novo” a que se propunha não se sustentou. Em 2012, após a surpreendente vitória no primeiro turno para o Executivo municipal, Ratinho Junior parecia ter sentido a derrota iminente. “Nessa eleição, ele estava titubeando muito para ser candidato”, relembra o empresário e ex-deputado Marcelo Almeida, na época uma espécie de mentor político. “Ele dizia: ‘mas eu sou do interior, vim de Jandaia do Sul; como eu vou entrar em Curitiba?’. Ele sentia o curitibano muito fechado. Tinha essa coisa do Jaime [Lerner], do Rafael [Greca]. Ele não era engenheiro. Eu falei: ‘Juninho, não tem jeito, não podemos ir pelo achômetro’”, relembra.
Almeida e sua equipe encomendaram então uma pesquisa qualitativa para saber o que as pessoas achavam do então deputado federal. O mentor recorreu a uma empresa que só avaliava produtos. Foi uma surpresa: havia uma aceitação. “Eu achava que deveria trocar o nome Ratinho porque o tinha como pejorativo. Ele tinha o Carlos e o Massa. Eu achava que Massa o levaria para perto do povo. Não era nada disso. A pesquisa falava que ele não deveria trocar de nome”, relembra.
Não era o único insight importante. “Essa pesquisa mostrou outra coisa muito louca: que se ele fosse para o segundo turno, ganharia a eleição contra o Luciano Ducci (do PSB, então prefeito em busca de reeleição), mas não ganharia contra o Gustavo [Fruet]. A 13 meses da eleição, tínhamos a percepção que só havia uma saída, ir para o segundo turno com o Ducci. A chance de o Gustavo ganhar era muito maior. O ratinho tinha 33% de chance e o Gustavo, 66%”, conta Almeida.
Mas quem veio foi Fruet. E aí o jovem candidato começou a se perder.
Um membro próximo à equipe de marketing daquela campanha aponta que Ratinho havia se comprometido a continuar uma campanha no campo das ideias, sem ataque ou tentativa de enxovalhar o lado oposto. “Quando chegaram os primeiros debates, Ratinho surpreende a equipe interna e parte para o confronto completo. Naquele momento as novas ideias começam a perder o sentido”, diz. “Ele é um bom comunicador. Tinha-se ali um candidato galã no primeiro turno. Ele estava feliz, estava propondo o novo, estava inovando. Isso não aconteceu no segundo turno. Ali a gente tinha um candidato amargo, que enfeiou e envelheceu muito”, diz.
Se antes da corrida eleitoral Ratinho Júnior enfatizava que seu partido era da base do governo Dilma Rousseff e que ele até coordenou sua campanha em Curitiba, no segundo usou o apoio do PT a Fruet para atacar o oponente. “As novas ideias já vinham se enfraquecendo. Até porque ele tinha posições que não combinavam com o nome e as deixou transparecer: se manifestou contra a união homoafetiva, aí em vários lugares onde ele ia tinha o beijaço gay, pessoas provocando. Depois, ele fez uma declaração pela volta dos rodeios, da cultura do peão. Ele se recusou a dialogar com o movimento dos ciclistas”, diz a fonte.
A mudança de rumo afastou toda a equipe de marketing, incluindo Marcelo Almeida. “No segundo turno eu saí fora porque já sabia que ele iria ‘baixar o sarrafo’. Aí foi uma decisão dele. Eu falei para ele: ‘vou continuar seu amigo, vou continuar gostando de você, mas deixa eu me arrancar agora”, diz. “Na minha opinião, tinha que seguir na mesma batida da campanha do primeiro turno: para cima, sincera. Ele era muito mais legal. A campanha do Gustavo era muito cinza. O Ducci não conseguia se expressar”, projeta Almeida.
Nos bastidores, diz-se que Ratinho pai assumiu sua coordenação. Para alguns, ele sucumbiu às más influências. “Muita gente achou que o Ratinho poderia ter sido eleito e resolveu se aproximar dele para dar palpite, dizer que ele deveria enfrentar o Gustavo, trazer as contradições. Todas essas influências fizeram ele ter uma pane e não saber o que fazer. Ele voltou no tempo uns 15 anos”, destaca uma das fontes.
O discurso coletivo também deu lugar ao individualista do “eu vou fazer”. Só que aí as pessoas lembraram que o Ratinho nunca foi prefeito, era um garoto de 31 anos, sem experiência no Executivo... A inexperiência pesou.
Ajudou pouco o fato de ele ter um programa confuso de governo. Ratinho Junior errou informações básicas sobre a cidade. Em um dos programas de televisão, apresentou um projeto de construção e reforma das calçadas que tinha um furo de R$ 90 milhões. Com o valor indicado de R$ 180 milhões, só daria para construir calçamento em desacordo com as normas técnicas brasileiras (ABNT NBR).
Com o modelo de transporte, por sua vez, as medidas eram tão genéricas quanto “propor um modelo de mobilidade urbana multimodal que priorize o pedestre e as bicicletas, integrando automóveis, ônibus, metrô, linha férrea, monotrilhos”. Ou seja, sem prioridade alguma. Não colou.
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Há derrotas que fortalecem. Ratinho Junior mal parou para lamentar. Já articulava seu plano original. No ano seguinte, entrava na Sedu. “Ratinho ganhou capital e hoje talvez seja o cara com mais recall, mais lembrança dos eleitores. Isso por uma série de razões. Ele é muito conhecido aqui e fez o nome dele no interior. De lá [2012] para cá, gastou muita sola de sapato. Ele adquiriu mais um partido para chamar dele, o PSD, e ainda está com o PSC. Tem um conjunto de aliados importantes na cidade, na Assembleia. Então ele ampliou a liderança. Ampliou a força”, diz o cientista político Luiz Domingos Costa, mestre pela Unicamp e professor da PUCPR.
“Por outro lado, o fato de ele estar ligado ao governo Beto Richa [manchado por episódios como a violência contra os professores em 2015 e sucessivos ajustes fiscais] ainda é indefinido. Em que medida isso vai pesar a favor ou contra ele? Não dá para saber, só na hora da eleição”, avalia Domingos.
“É inegável que a estrutura que ele montou [com a passagem pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Paraná] gerou uma rede muito forte com prefeitos e vereadores. Se colocar em uma balança o que ele ganhou e o que ele perdeu, acho que o que ele ganhou foi mais valioso.”
“Ele adquiriu experiência, ganhou traquejo, ganhou química. Se tornou uma nova pessoa”, defende Marcelo Almeida. “Aquela eleição [de 2012] foi muito legal para ele. Acho que ele perdeu lá para virar governador agora”, aponta o empresário. “O primeiro ponto forte dele é a facilidade de oratória. Mas ele tem uma coisa que os outros candidatos não têm: o olhar dele está mais tranquilo que o dos outros. Sabe aquele negócio de que com medo de chorar você deixa de rir? Ele sabe que é difícil, que é um sonho enorme ser governador com essa idade, e por isso está muito livre. Espero que ele tenha a capacidade de escolher as pessoas certas para acompanhá-lo. Ele não precisa saber tudo, mas quem está com ele precisa”, defende Almeida.
Tudo depende do cenário que ele enfrentará nos próximos meses, porém. Por enquanto, nem seus adversários estão definidos. Como aprendeu em 2012, é preciso lidar com situações inesperadas. A política pode ter roteiro, mas nem sempre é redondinho como um script de tevê.
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