A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (10) três ações simultâneas no país para investigar crimes relacionados às eleições de 2018.
No Paraná, os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão em Cornélio Procópio, no Norte do estado. A PF investiga crime de violação de sigilo do voto e indício de porte ilegal de arma em relação ao homem que usou uma pistola para indicar o seu voto. Os policiais realizaram buscas e encontraram apenas um simulacro (arma de brinquedo) na casa do eleitor. Ele alegou embriaguez no dia da eleição. O mandado foi expedido pela Justiça Eleitoral da cidade.
Em Sergipe e São Paulo, as investigações apuram suposta incitação de crime contra candidatos. No estado do Nordeste um eleitor gravou um vídeo incitando o assassinato de Jair Bolsonaro (PSL) e em São Paulo outro eleitor gravou um depoimento em que afirma que quem não vota nesse mesmo candidato “tem que ser estuprado” - ele já foi tirado do ar. Foram lavrados dois Termos Circunstanciado de Ocorrência.
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As ações da Polícia Federal têm como objetivo aprofundar investigações sobre vídeos que circularam recentemente em redes sociais e decorrem do trabalho de acompanhamento efetuado para identificar e afastar possíveis ameaças ao processo eleitoral. “As vezes não conseguimos chegar até o final da apuração por dificuldade de identificar a autoria, mas chegamos a esses três casos”, disse o delegado Guilherme Torres, responsável pela operação desta quarta.
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A Polícia Militar do Paraná contabilizou 223 acionamentos, 114 encaminhamentos e 80 Termos Circunstanciados apena no domingo. Os trabalhos preventivos resultaram, ainda, na apreensão de 45.967 panfletos/santinhos, 13.831 adesivos e 22 bandeiras. A PM também encaminhou três pessoas para o Fórum Eleitoral de Curitiba.
Assista ao vídeo investigado pela PF:
Maringá
Uma mesária foi detida na manhã do domingo (7) em Maringá após informar a eleitores que a urna eletrônica de sua seção teria votos registrados na memória, antes mesmo de a votação ser iniciada. A informação foi desmentida pelos demais mesários, que mostraram aos eleitores a “zerésima”, um boletim de urna emitido antes de a votação começar. O documento, posteriormente divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, demonstrava que não havia votos registrados – e estava assinado por todos os mesários que trabalhavam na seção. Ela foi detida pela Polícia Federal, prestou depoimento e foi liberada logo em seguida.
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