Richa deu largada à campanha ao Senado, em Curitiba, ao lado dos companheiros de chapa, Alex Canziani e Cida Borghetti.| Foto: Facebook/Beto Richa /Reprodução

No primeiro grande evento da campanha ao Senado, na noite desta quinta-feira (23), em Curitiba, o ex-governador Beto Richa (PSDB) desqualificou as acusações feitas pelo ex-diretor da Secretaria de Educação Maurício Fanini. Sem citá-lo nominalmente, o tucano falou em “palavra de bandidos” e “acusações fantasiosas”. Também atacou a imprensa local, a quem acusou de tentar “interferir no processo legítimo eleitoral”. 

CARREGANDO :)

Mais cedo nesta quarta-feira, a Gazeta do Povo divulgou o mais recente depoimento de Fanini, à 9ª Vara Criminal de Curitiba, no âmbito da Operação Quadro Negro, que apura desvios de recursos de obras em escolas estaduais. Segundo ele, o dinheiro era destinado também ao “enriquecimento ilícito” de Richa, a quem diz ter prestado contas mensalmente da arrecadação de propina. O ex-diretor da Educação ainda afirmou ter sido ameaçado pela ex-primeira-dama Fernanda Richa para que não firmasse um acordo de delação premiada e declarou que ela tentou comprar seu silêncio. 

LEIA TAMBÉM: MPE pede impugnação da candidatura de Richa, Barros e outros 36 candidatos 

Publicidade

Diante das novas denúncias, Richa reservou parte do discurso de cerca de 15 minutos ao caso. Tachando alguns veículos paranaenses como “imprensa marrom”, por apenas “denegrir a imagem do Paraná e trazer mentiras”, ele destacou levantamento do último domingo (19) divulgado pela Folha de S. Paulo que apontou o Paraná como um dos três estados mais eficientes do Brasil

“Quem não se orgulhou ao ver isso estampando na capa de um jornal de respeito, de circulação nacional? Nós precisamos de uma imprensa livre, livre das maldades e das coisas negativas que atrapalham a sociedade paranaense. Para eles, só vale a palavra dos bandidos”, afirmou. “Tudo isso que fizemos pelo Paraná vale mais do que qualquer crítica e injustiça que possam fazer contra a gente. Com toda essa maldade inominável, eu fui reeleito prefeito com a maior votação da história de Curitiba e duas vezes governador no primeiro turno. E vamos vencer de novo. Não tenho medo dos crápulas.” 

JOÃO FREY: ï»¿ Patrimônio de Richa cai 12% e maior parte está emprestado 

Críticas a adversários 

No evento, também sobrou para os três senadores do Paraná: Alvaro Dias (Pode), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (MDB). De forma direta, mas sem mencioná-los pelo nome, Richa pediu que os paranaenses elejam ele e Alex Canziani (PTB) para as duas vagas do Senado em disputa. O tucano defendeu que é preciso acabar com a “ideologia” na atuação dos senadores do estado. 

“Estamos ao lado do povo amigo do Paraná, que sabe que precisamos de senadores lá em Brasília. Não queremos mais senadores que trabalham contra os interesses do Paraná, que trabalham contra os empréstimos do nosso estado. Nas minhas mãos e do Alex, estará a bandeira do estado do Paraná.”

Publicidade