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Nova estrada, paralela à PR-412, promete melhorar acesso ao litoral do estado . | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Nova estrada, paralela à PR-412, promete melhorar acesso ao litoral do estado .| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O governo do Paraná adiou pela terceira vez o início do prazo o para o recebimento de propostas de empresas interessadas em executar o conjunto de obras da Faixa de Infraestrutura, no Litoral do Paraná. E dessa vez, a decisão pelo adiamento veio menos de 24 horas após a definição do dia 29 de junho para o começo do processo licitatório, estabelecido em ofício na terça-feira (19).

A licitação prevê a implantação de quase 20 quilômetros da PR-809, entre Praia de Leste e Ponta do Poço, em Pontal do Paraná; implantação e melhoria de quatro acessos rodoviários, nos balneários de Santa Terezinha, Ipanema, Shangrilá e Atami; a execução de cinco viadutos e quatro pontes; e a readequação e ampliação do canal de macrodrenagem, que tem 15,3 quilômetros de extensão. Essa etapa do projeto é orçada em R$ 270,4 milhões e deve durar 24 meses para ficar pronta. Conheça mais detalhes da proposta completa clicando aqui.

A Gazeta do Povo entrou em contato com o Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR) no começo da tarde desta quarta-feira (20) para saber os motivos do adiamento e aguarda a resposta. No documento publicado mais cedo (veja a íntegra ) há apenas a justificativa de que a decisão foi tomada por “motivos administrativos” e que não havia previsão de nova data.

Suspensão

Em março deste ano, a Justiça suspendeu a licença dada pelo Conselho de Desenvolvimento do Litoral (Colit) para a construção da Faixa de Infraestrutura. A decisão veio após um pedido da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que alegou que houve descumprimento do regimento interno do Conselho – já que pedidos de vistas ao projeto por parte da própria universidade e por entidades ambientalistas foram negados.

Mesmo com o imbróglio judicial envolvendo a obra, entretanto, o edital da licitação foi lançado também em março, ainda durante a gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB). A previsão inicial era de que os envelopes com as propostas fossem abertos no dia 7 de maio.

Polêmica e adiamentos

O primeiro adiamento, entretanto, aconteceu no final de abril. O problema foi a grande quantidade de pedidos de esclarecimentos feitos pelas empresas interessadas na obra. Com isso, uma nova data foi marcada: a previsão era de que as propostas fossem conhecidas no dia 18 de junho.

Na semana passada, contudo, o DER-PR informou que o recebimento dos documentos e a abertura das propostas seriam transferidos por “alguns dias para possibilitar esclarecimentos técnicos”. Novamente, a justificativa foram os questionamentos recebidos dos interessados na obra.

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A Faixa de Infraestrutura vem sendo cercada de controvérsias. Em maio, as quatro principais universidades do Paraná entregaram à governadora Cida Borghetti (PP) um documento pedindo um estudo mais minucioso a respeito do assunto. A preocupação é com os impactos ambientais, sociais e econômicos que uma nova rodovia e um complexo portuário em Pontal do Paraná podem gerar no Litoral do estado.

Um dos pontos mais polêmicos é a construção de um porto privado na região. Ambientalistas alegam que o porto tende a piorar a qualidade de vida da população local e que, além disso, a construção da estrada provocaria a derrubada de 500 hectares de Floresta Atlântica.

Do outro lado, o governo alega que a construção da nova estrada, paralela à PR-412, diminuiria os congestionamentos durante a temporada e permitiria a implantação do complexo portuário.

Veja o ofício do DER-PR que adiou novamente o prazo

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