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Jorge Atherino  aguardava os trâmites para sua soltura na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Jorge Atherino aguardava os trâmites para sua soltura na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O empresário Jorge Atherino, ligado ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), obteve alvará de soltura nesta quarta-feira (16), quase quatro meses após sua prisão, no âmbito da Operação Piloto. Ele foi beneficiado por uma liminar (no HC 165772) assinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último sábado (12). Na sequência, o juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara de Curitiba, definiu quais medidas cautelares deveriam ser impostas ao empresário, em substituição à prisão. Entre elas, está o uso de tornozeleira eletrônica, com proibição de ultrapassar o perímetro urbano de seu domicílio.

O juiz federal também definiu uma fiança de R$ 8 milhões em espécie, mas a defesa de Atherino alegou que o empresário não tinha tal quantia disponível e sugeriu, em troca, três imóveis de propriedade da família dele. Os imóveis acabaram aceitos pelo magistrado, a título de fiança, e o alvará de soltura foi assinado por Paulo Sérgio Ribeiro em seguida, nesta quarta-feira (16). 

Por volta das 17 horas, Atherino saiu da carceragem da superintendência da Polícia Federal do Paraná, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, em direção à Justiça Federal, no bairro Ahú, para colocar a tornozeleira eletrônica.

Além da fiança e da tornozeleira eletrônica, Atherino também fica proibido de manter contato com os demais denunciados e investigados, com a exceção de parentes; e deverá permanecer afastado de qualquer atividade relacionada à gestão das empresas identificadas na investigação como pertencentes ao “Grupo Atherino”.

23ª Vara de Curitiba abriga a ação penal na qual Atherino responde por supostos crimes cometidos no bojo de uma licitação, aberta pelo governo do Paraná em 2014, para contratar a empresa responsável pela obra de duplicação da PR-323. De acordo com a denúncia do MPF, a Odebrecht pagou propina para ganhar o certame. Em troca, teria oferecido R$ 4 milhões ao grupo de Beto Richa. O tucano não figura entre os denunciados neste processo. 

Outro réu da ação penal, Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa, segue preso. Na esteira da decisão que beneficiou Jorge Atherino, a defesa de Roldo também apela ao STF para tentar liberá-lo da prisão. Atherino, Roldo e Beto Richa rejeitam a narrativa do MPF. Outras investigações ligadas à Operação Piloto seguem em curso.

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