Roberto Aciolli, ex-deputado estadual.| Foto: Sandro Nascimento/ALEP/ Arquivo

O ex-deputado estadual paranaense Roberto Aciolli foi condenado a cinco anos e seis meses em regime semiaberto por ter matado com um tiro na cabeça o engraxate Paulo César Heider, em 1999. A sentença foi proferida ao final de julgamento pelo Tribunal do Júri na noite de terça-feira (12), mas ainda não há definição sobre os detalhes do cumprimento da pena, se com ou sem tornozeleira eletrônica.

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O crime foi cometido em Curitiba, após Aciolli ter investigado por conta própria um roubo à loja de celulares que pertencia à ex-mulher dele. Além de deputado, ele foi vereador de Curitiba e segue carreira como apresentador de TV.

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Apesar da condenação, o advogado de defesa de Aciolli, Nilton Ribeiro, comemorou o resultado ao afirmar que, “após 20 anos, foi feito justiça”. O ex-deputado sentou no banco dos réus sob a acusação de homicídio qualificado por motivo banal, que poderia resultar em pena de prisão de 12 a 30 anos. Entretanto, o entendimento do conselho de sentença foi de que Aciolli agiu sob domínio de violenta emoção após injusta agressão, caracterizando o crime como homicídio simples privilegiado.

Na avaliação do advogado, a pena ainda pode ser reduzida, e ele deve ingressar com embargos de declaração junto à própria juíza e depois com recurso de apelação. A defesa entende, também, que o crime pode estar prescrito, “mas para nós o importante não é isso”, afirmou à Gazeta do Povo o advogado. “O importante é que se afastou a torpeza com o reconhecimento por parte do conselho de sentença de que [o caso] foi homicídio simples privilegiado. Esse reconhecimento foi a vitória da defesa”, afirmou Ribeiro.

A Gazeta do Povo tenta contato com a promotoria, responsável pela acusação.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Relembre o caso

Roberto Aciolli matou o rapaz, de 23 anos, na madrugada do dia 1º de dezembro de 1999 com um tiro na nuca. O homicídio foi cometido após Aciolli descobrir que o engraxate estaria envolvido em um assalto cometido dias antes, crime praticado contra a revenda de celulares da esposa.

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Passado o flagrante, dois dias depois Aciolli se apresentou à polícia, entregou a arma do crime e o porte. À época, alegava que o tiro fora acidental, disparado após uma briga corporal com a vítima.

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