Gaeco cumpre mandados de prisão em operação que apura corrupção em Antonina

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Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, estão em Antonina, para cumprir três mandados de prisão na manhã desta sexta-feira (14). Estão também sendo realizadas buscas e apreensões. As investigações buscam apurar crimes de corrupção ativa e passiva e associação criminosa no setor portuário. A operação recebeu o nome de “À Deriva”.

Um dos mandados de prisão preventiva alcança o ex-dirigente do Porto de Antonina, Luis Carlos de Souza, conhecido como Luis Polaco. Outro preso é diretor-presidente do Terminal Ponta do Félix (porto privado), Valdécio Bombonatto. Ele já foi citado durante a operação Carne Fraca, que apura irregularidades no setor frigorífico. Rafael de Moura, conhecido como Raposão, uma espécie de lobista que atuava, segundo o MP, fazendo a ponta entre os interesses do setor portuário e os poderes municipais, também foi alvo de mandado de prisão.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, os mandados de busca e apreensão (no Terminal Portuário Ponta do Félix, em um escritório de advocacia, em uma empresa e em seis residências) foram cumpridos em Antonina, Pontal do Paraná, Paranaguá, Pinhais e Curitiba. O escritório de advocacia é Emerick & Medeiros, do qual é sócio o deputado estadual Tião Medeiros, que estaria afastado das atividades. O advogado Giordano Sadday Vilarinho Reinert, que defende Luis Polaco, disse que o cliente está detido na delegacia de Pontal do Paraná e que ainda não pode se pronunciar sobre o caso porque não teve acesso ao processo.

Antonina apareceu em uma reportagem no Fantástico, no início do mês, mostrada como “cidade da corrupção”. O caso faz parte de uma denúncia aceita na quinta-feira (13), pela juíza Daniana Schneider, da Vara Criminal de Antonina. O processo foi encaminhado pelo Ministério Público acusando boa parte dos políticos da cidade de fazerem parte de um esquema de corrupção, envolvendo o ex-prefeito João Ubirajara, conhecido como João Domero, quatro ex-vereadores e dois ex-secretários municipais, além de Luis Polaco.