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Houve “deslocamento da estrutura do assoalho junto das paredes de sustentação”. | Rodrigo Fonseca/CMC
Houve “deslocamento da estrutura do assoalho junto das paredes de sustentação”.| Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

O Corpo de Bombeiros e a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) interditaram, nesta sexta-feira (30), as galerias do Palácio Rio Branco, sede da Câmara de Vereadores de Curitiba. O espaço havia sido tomado por servidores municipais na última quarta-feira (28), em protesto à aprovação do pacote de austeridade enviado pelo prefeito Rafael Greca (PMN). A manifestação provou danos estruturais no prédio histórico.

Em vistoria, o Corpo de Bombeiros constatou que houve “deslocamento da estrutura do assoalho junto das paredes de sustentação”. O documento descreve que “por orientação do oficial de socorro, tenente Hortig, o local ficou isolado”, não havendo vítimas ou veículos envolvidos.

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Além da interdição, a Cosedi recomentou que a Câmara contrate um perito para fazer a avaliação estrutural do prédio, o que deve ocorrer ainda durante o recesso parlamentar (entre 1.º e 31 de julho). Segundo a Casa, abriu-se uma fresta entre o piso, na qual cabe um dedo entre o solo e o rodapé.

A Cosedi confirmou os danos, apontando que houve “um leve afundamento de parte do assoalho, principalmente junto aos guarda-corpos existentes nas galerias. Como visualmente, não conseguimos ver a estrutura que está abaixo do assoalho, recomendamos que fosse contratada uma empresa particular de engenharia, com um engenheiro perito, para que se faça um laudo técnico e se confirme se a estrutura foi afetada”, explica o coordenador técnico do órgão, Marcelo Solera.

Em nota divulgada pela Câmara, o vereador Bruno Pessuti (PSD) lamentou o que chamou de “invasão” das galerias. “É uma tristeza essa agressão ao Parlamento, que foi invadido pela quarta vez. As galerias já estavam ocupadas com 28 pessoas [limite de ocupação estabelecido pelos Bombeiros]. Com a invasão, mais de 100 pessoas estavam lá em cima. O chão tremeu com mais de 100 pessoas batendo o pé”, disse.

A Câmara estuda, inclusive, responsabilizar os manifestantes pelas avarias do prédio. “Há alguns anos, o palácio passou por uma reforma que custou alguns milhões e agora poderá sofrer outra reforma, mas a gente torce para que isso não ocorra. Buscaremos todas as medidas cabíveis para aqueles que danificaram o patrimônio histórico e cultural”, disse Bruno Pessuti.

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