O governo do Paraná lançou o edital de um novo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratar temporariamente professores, professores especiais, pedagogos e intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os classificados vão compor uma espécie de cadastro de reserva, para atender escolas estaduais que, eventualmente, precisem de mais docentes. Atualmente, a rede estadual de ensino tem pouco mais de 22 mil professores temporários, contratados em dois PSSs realizados pela Secretaria de Estado da Educação (Seed).
O edital 34/2018 prevê a contratação de, no mínimo, 100 profissionais, de acordo com a necessidade de cada núcleo regional de ensino. Segundo a Seed, o objetivo é poder atender a demanda das escolas estaduais que, eventualmente, precisem de mais professores ainda neste ano letivo. A carga horária para professor e pedagogo será de até 40 horas semanais. Para professor de libras, de Apoio à Comunicação Alternativa (PAC) e de Apoio Especializado (PAEE), a carga prevista varia entre 25 a 50 horas semanais.
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As inscrições serão abertas no dia 29 de junho e poderão ser feitas até o dia 9 de julho, pelo site do PSS. A classificação será estabelecida a partir de prova de títulos referentes à escolaridade, tempo de serviço e aperfeiçoamento profissional. A Seed deve publicar a classificação final em 24 de julho.
Salário
A exemplo dos outros dois PSSs em vigor, a remuneração prevista é menor que aquela que os educadores temporários receberam no ano passado. Segundo o edital, os profissionais de nível superior receberão R$ 13,63 por hora aula: 13,35% menos do que os temporários do mesmo nível ganharam em 2017. Para os educadores com licenciatura curta, o pagamento previsto é de R$ 11,79 por hora-aula e para os acadêmicos, de R$ 11,01. Para os profissionais de todos os níveis, está previsto o pagamento de R$ 4,58.
No início do ano, a redução no salário provocou a reação da categoria, que chegou a ocupar o Palácio Iguaçu – sede do governo do estado. Desde então, a APP-Sindicato – que representa os educadores estaduais – vem negociando com o governo, mas, um semestre depois, a questão segue sem acordo. Hoje, os professores temporários ganham o estabelecido em edital.
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O diretor de comunicação da APP, Luiz Fernando Rodrigues, disse que a revisão dos valores pagos aos profissionais temporários está na pauta de negociação, que a categoria mantém com governo junto com a discussão sobre a data-base. O sindicato defende que o salário dos PSSs seja o mesmo que foi pago no ano passado.
“O custo dos PSSs gira em torno de 0,5% do orçamento da Secretaria de Educação. É um valor pequeno para o estado, mas que faz uma diferença tremenda para o professor”, disse. “A nossa negociação, inclusive, é para que essa adequação seja paga de forma retroativa.”
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