O governo do Paraná desengavetou uma licitação internacional realizada sete anos atrás – em 2011 – para a compra de três viaturas com plataformas de salvamento para o Corpo de Bombeiros. A um custo de R$ 7,1 milhões, os equipamentos serão fornecidos pela Bronto Skylift, uma empresa finlandesa que venceu a concorrência. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o contrato de aquisição foi assinado em março deste ano e a primeira plataforma deve ser entregue dentro de um ano.
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A autorização para a compra havia sido expedida pelo então governador Beto Richa (PSDB) em janeiro de 2013 – tomando como base um preço cotado em euro –, mas pouco depois disso o processo ficou parado. À Gazeta do Povo, a Sesp informou que os equipamentos ainda não haviam sido comprados por causa da “contenção de despesas” realizada pelo governo nos últimos anos. Por isso, segundo a Secretaria, o processo “só pôde ser retomado recentemente”.
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Processo antigo
Procurado pela reportagem, o ex-secretário de Segurança Pública Wagner Mesquita disse que optou por não efetivar a compra das plataformas em sua gestão por se tratar de uma licitação “antiga”. Na avaliação dele, o ideal seria refazer a licitação, contemplando novos equipamentos disponibilizados em mercado - o que poderia implicar em economia aos cofres públicos. A compra das plataformas foi fechada um mês depois da exoneração de Mesquita.
“Hoje, temos novidades no mercado internacional a cada ano. Não havia justificativa para pagarmos tanto em um procedimento tão antigo, sem buscar alternativas mais baratas e mais modernas”, disse. “Entendemos que o panorama já era outro em relação ao da época em que a licitação foi feita”, completou.
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Segundo o histórico de tramitação disponível no portal da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap), o processo foi iniciado em agosto de 2011. De lá pra cá, já houve 255 movimentações entre diversas secretarias do governo – como Sesp, Casa Civil e Secretaria da Fazenda.
A Gazeta do Povo tentou ouvir a Escape Solutions, empresa sedeada no Rio de Janeiro e que representa a Bronto Skylitf no Brasil. As ligações ao telefone informado no site da empresa, no entanto, não foram atendidas. Também não houve resposta ao e-mail enviado pela reportagem.
Magirus
Em vez de adquirir as novas plataformas, Mesquita havia optado por consertar a escada Magirus – um modelo retrátil, com função semelhante às plataformas licitadas, mas que não alcançam a mesma altura. “Ela foi enviada para a Alemanha, modernizada e entregue à corporação, a um custo menor que R$ 300 mil”, apontou o ex-secretário. Segundo a Sesp, a Magirus voltou a operar em abril e está à disposição do 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros, em Curitiba.
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