Em balanço apresentado na manhã desta quarta-feira (30), o governo do Paraná afirmou que a situação no estado “caminha para a normalidade” porque houve uma desmobilização do movimento dos caminhoneiros. A greve, que acontece em todo o país, alcançou o décimo dia nesta quarta, com repercussões mais graves no abastecimento de combustíveis e alimentos, além de problemas para o agronegócio.
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Apesar de afirmar que a rotina dos paranaenses deve voltar ao normal nos próximos dias, o governo não soube dizer quanto tempo será necessário para que o abastecimento das cidades do estado volte a ser realizado plenamente.
“Sabemos que vai levar algum tempo para que tudo seja reestabelecido, mas a percepção é de que a harmonia vai retornando nas grandes e médias cidades”, afirmou o coronel Maurício Tortato, chefe da Casa Militar e coordenador do gabinete de crise criado pelo governo estadual para acompanhar a greve.
De acordo com ele, reflexos mais graves ainda são sentidos no Porto de Paranaguá. Na última terça-feira (29), 39 navios aguardavam na Baía de Paranaguá para descarregar ou carregar mercadorias. No total, de acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), ontem já eram 522 mil toneladas de produtos que deixaram de ser movimentadas. Leia mais aqui.
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Liberação das estradas
O coronel afirmou que o governo vem atuando para desbloquear estradas no estado e que há uma diminuição do número de pontos de manifestação. Na última terça-feira (29), após acordo com os caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná já havia informado que iria endurecer suas ações para garantir a circulação de cargas prioritárias.
Em pronunciamento realizado antes da entrevista do coronel, a governadora Cida Borghetti (PP) afirmou que as forças de segurança do estado “estão nas ruas para garantir a segurança dos caminhoneiros que desejam voltar ao trabalho”.
Em Ponta Grossa, uma das cidades que apresenta situação mais crítica desde a semana passada, 14 caminhões que estavam paralisados em locais de bloqueio foram liberados durante a madrugada. Eles já foram carregados e retornam para realizar o abastecimento da cidade.
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Infiltrados
Segundo o governo, há infiltrados nas manifestações dos caminhoneiros, produzindo “baderna”, provocando danos ao bem público e até mantendo caminhoneiros em cárcere privado. Segundo Tortato, os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil, “mas não são muitos”.
“O direito de manifestação é garantido pela Constituição. O que estamos investigando são as situações em que ficou caracterizado dano ou baderna. Temos a identificação de poucas pessoas, mas que exerceram uma liderança importante”, explicou.
Outro lado
A Gazeta do Povo tentou contato com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de São José dos Pinhais e secretário da Federação Nacional dos Transportadores, Plínio Dias, para comentar o caso, mas não obteve retorno das ligações.
Em entrevista realizada na terça-feira (29), entretanto, ele confirmou que havia infiltrados no movimento dos caminhoneiros.
Não há registros de feridos nos casos em que a polícia teve que intervir para desmobilizar os bloqueios.
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