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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Cada um dos 10,2 mil quilômetros de rodovias estaduais deve passar por recapeamento. O pacote, anunciado como o maior já realizado pelo governo do Paraná, vai consumir R$ 2,3 bilhões. O programa deve durar três anos, com destinação de R$ 750 milhões ainda em 2017. Com dinheiro em caixa – em função do aumento na arrecadação de impostos e da venda de ações excedentes da Sanepar e futuramente da Copel –, a administração estadual decidiu priorizar a recuperação das estradas estaduais.

INFOGRÁFICO: Confira quanto será aplicado nas rodovias estaduais de cada região do Paraná

A primeira fase das restaurações foi dividida em 33 lotes, com maior parte das licitações a ser realizada ainda em abril. As empresas interessadas em realizar as obras devem apresentar proposta até esta quarta-feira (19). A recuperação do asfalto será mais profunda em 4,2 mil quilômetros, que receberão o sistema chamado de Cremep, que consiste na retirada da camada danificada e aplicação de uma nova. Já os demais 6 mil quilômetros passarão por um recapeamento mais superficial.

Segundo a Secretaria Estadual da Infraestrutura e Logística, desde 2012 – quando foram aplicados R$ 660 milhões em recuperação de rodovias –, não se aplicava tanto dinheiro nesse tipo de obra. Mas o pacote anunciado agora seria ainda mais representativo analisando o conjunto de investimento que serão feitos no setor rodoviário, com a promessa de recuperação de toda a malha rodoviária estadual. É importante lembrar, contudo, que investir em obras é uma das exigências como contrapartida para a venda de ações excedentes de empresas como Sanepar e Copel.

De acordo com o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, a destinação de tamanho volume de recursos foi possível em função dos ajustes de contas feitos nos últimos anos. Também entraram na conta as já realizadas alienações de ações da Sanepar e as venda de ativos da Copel, previstas para um futuro próximo – ambas negociações autorizadas pela Assembleia Legislativa. O secretário também destaca que, além dos recursos próprios, estão previstos investimentos em obras que dependem de financiamento. São R$ 1,7 bilhão com dinheiro do Banco do Brasil e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

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