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Migrantes já foram levados para São Paulo e Cuiabá | (Antônio Cruz/Agência Brasil
Migrantes já foram levados para São Paulo e Cuiabá| Foto: (Antônio Cruz/Agência Brasil

Mais de dois meses depois de anunciar que refugiados venezuelanos seriam enviados de Roraima para outros estados do país, no processo chamado de interiorização, o governo federal ainda não definiu quando eles serão trazidos para o Paraná. De acordo com o governo do estado, ainda não houve uma notificação oficial a respeito do assunto. A prefeitura de Curitiba também não recebeu nenhum comunicado.

A ida dos migrantes para outros estados brasileiros foi divulgada em fevereiro, pelo presidente Michel Temer (PMDB). Além da interiorização, na época também foi anunciada a criação de um comitê de acompanhamento da imigração venezuelana.

No começo de abril, 116 venezuelanos foram levados de Boa Vista (RR) para São Paulo. Outros 66 ficaram em Cuiabá (MT). Mato Grosso do Sul e Amazonas também devem receber os migrantes.

O número, entretanto, é pequeno diante da quantidade de venezuelanos que estão em Roraima. Em fevereiro, a prefeitura de Boa Vista estimava que 40 mil migrantes tenham entrado no Brasil fugindo da crise no país de origem.

Acolhida aos migrantes

Mesmo que não tenha sido notificado, o governo do Paraná afirma que, caso venham para o estado, os migrantes serão atendidos no Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (Ceim). De acordo com a Secretaria de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (Seju), desde outubro de 2016 – quando foi inaugurado – o Ceim já tem 41 migrantes venezuelanos cadastrados. No total, são 4.124 atendimentos realizados desde a criação do centro.

Em Curitiba, o atendimento aos migrantes é realizado por meio da Casa da Acolhida e do Regresso, coordenada pela Fundação de Ação Social (FAS). A estrutura oferecida no Paraná, entretanto, está aquém do necessário: como revelou a Gazeta do Povo, nenhuma das dez novas unidades de acolhimento previstas para funcionar no estado havia saído do papel no início do ano passado.

Com isso, as necessidades dos migrantes acabam sendo atendidas por entidades não governamentais (ONGs), como a Pastoral do Migrante a Casa Latino-Americana (Casla) e a Caritas.

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