Uma vistoria feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) indicou que metade das rodovias federais que cruzam o Paraná e são de responsabilidade da União está em condições consideradas boas. O mesmo levantamento aponta que 5% dos trechos estão péssimos e que a situação é ruim em 17% dos casos. No geral, a nota do Paraná ficou em 7,9 – 13ª colocação entre os estados. Não foram avaliadas as rodovias pedagiadas, seja no Anel de Integração (gerido pelo sistema estadual), seja nas concessões federais.
O levantamento foi feito por equipes do próprio DNIT. O órgão governamental ainda reconheceu que as condições das rodovias pioraram no último ano e a culpa seria do contingenciamento de recursos, que reduziu os gastos em manutenção das estradas. Nos últimos quatro anos, a média do orçamento do Ministério dos Transportes para o setor rodoviário caiu 28%, passando de R$ 9,66 bilhões, entre 2011 e 2014, para R$ 6,97 bilhões, de 2015 a 2018.
No Paraná, os principais problemas estão nas BRs 163, 153, 280, 373, 476 e 487. A ligação entre Guaíra e Barracão, passando por Cascavel, também está na lista feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada no final do ano passado – que apontou o trecho da BR-163 como um dos dez piores do Brasil. A rodovia está em obras há mais de dois anos – entre Cascavel e Marmelândia –, mas avança lentamente. A empreiteira responsável pela duplicação ameaçou interromper o serviço e chegou a demitir funcionários, em agosto, mas o governo pagou parte da dívida e o trabalho foi retomado. A previsão é de que a obra seja concluída em 2019, juntamente com a revitalização do trecho da mesma rodovia, entre Toledo e Marechal Cândido Rondon.
Onde estão previstas obras?
De acordo com a nota enviada pelo DNIT sobre as rodovias em condições péssimas ou ruins, estão previstas obras de recuperação do pavimento e deslizamentos de taludes na BR-476 do Km 0 ao 50, na região de Adrianópolis. Já estaria em andamento a restauração da BR-373, na região de Candói.
Depois de realizado o levantamento sobre as rodovias, teriam sido restaurados alguns quilômetros da BR-153, na região de Ibaiti, e da BR-487, na região de Porto Camargo. Outros pontos do Paraná estariam sendo atendidos por contratos de conservação da pista, mas “devido à restrição orçamentária não é possível executar soluções definitivas (de maior impacto)” em todos os trechos apontados no levantamento.
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