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O prefeito Rafael Greca espera contar com a ajuda do governo do Paraná. | Pedro Ribas/SMCS
O prefeito Rafael Greca espera contar com a ajuda do governo do Paraná.| Foto: Pedro Ribas/SMCS

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN) , e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) , devem se reunir pela primeira vez para discutir o transporte coletivo, tema sensível e sujeito aos ventos políticos, como ficou comprovado com a suspensão do subsídio por parte da gestão de Beto Richa (PSDB) à época de Gustavo Fruet (PDT) na prefeitura. O encontro está marcado para esta terça-feira (22), às 17 horas.

Interrompido nos primeiros meses da administração de Fruet, no primeiro trimestre de 2013, o aporte financeiro foi retomado em 2017, conforme anunciado pelo tucano assim que o aliado foi eleito nas eleições de 2016. Agraciado, naquela ocasião, com R$ 60 milhões em dinheiro do estado (e com outros R$ 71 milhões em 2018) para evitar reajustes e equacionar o deficitário sistema de ônibus da cidade, o prefeito já direciona apelos a Ratinho Junior na esperança de manter o subsídio, indispensável para evitar que os custos de operação alcancem a faixa de R$ 5 por passageiro.

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As manifestações do prefeito começaram ainda antes da posse, logo após o resultado das urnas, em outubro, e ganharam força após decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que - em reunião realizada em dezembro - passou a exigir a concessão de autorização prévia para que os governos dos estados ofereçam isenção do ICMS para o diesel utilizado no transporte público de passageiros. Sem a anistia, a tarifa social (aquela cobrada nas catracas das linhas urbanas) pode subir até R$ 0,29 de acordo com o prefeito Rafael Greca, que colocou as chances de alta na conta do governador: “precisamos do Ratinho, ou a passagem vai subir”.

O peso no cálculo se explica pela participação desse item nos custos da tarifa técnica: combustível e lubrificantes são 12,71% do total conforme dados divulgados pela Urbs, fatia que engordaria com o fim da isenção de imposto e inevitavelmente pressionaria uma alta no valor atual repassado às empresas, que é de R$ 4,71 a cada volta da catraca, já bastante superior aos R$ 4,25 desembolsados pelos passageiros.

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A esse quadro somam-se ainda mais duas variáreis: as revisões contratuais e a data-base dos trabalhadores da rede, ambas previstas para fevereiro. Com elas, a diferença entre tarifa técnica e social, coberta pelo estado nos últimos dois anos, deve ficar ainda maior do que os atuais R$ 0,46, com a expectativa de um inevitável aumento, falta saber de quanto.

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