O Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), associação sem fins lucrativos ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ao governo estadual, lançou um fundo patrimonial para financiar pesquisas em inovação na área da saúde. O fundo, primeiro do tipo no setor no Brasil, receberá doações de pessoas físicas e jurídicas, em qualquer valor. O IBMP divulgou o regulamento para o fundo, também chamado de endowment, em seu site .
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Diretor-presidente do instituto, Pedro Barbosa explica que a principal característica desse tipo de fundo é a preservação dos recursos originalmente doados. “O dinheiro do endowment não se confunde com o do IBMP. O que é utilizado para os investimentos é o rendimento do valor que está depositado no fundo”, diz. Portanto, ao longo do tempo, o que é acumulado por meio do fundo se transforma em patrimônio para o instituto.
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A partir da arrecadação, os rendimentos serão aplicados em pesquisas já desenvolvidas pelo IBMP, relacionadas ao diagnóstico in-vitro e também ao desenvolvimento de produtos terapêuticos. “Vemos no fundo uma alternativa para financiar as nossas pesquisas, já que os recursos destinados à área no Brasil estão cada vez mais escassos”, explica Barbosa.
O que faz o IBMP?
Apesar de ser vinculado ao IBMP, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o governo estadual não terá ingerência direta sobre os recursos arrecadados. “ A participação do governo está no conselho de administração do instituto”, diz o diretor-presidente. São cinco assentos, sendo três de representantes da Fiocruz e dois do governo estadual.
Os produtos desenvolvidos no IBMP são adquiridos pela Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Entre eles estão os kits diagnóstico para Hepatite B e C e HIV, utilizados para controle do sangue nos hemocentros de todo o país.
Recentemente, o instituto desenvolveu outro kit, para diagnóstico de febre amarela. Também estão no foco das pesquisas do IBMP as terapias para doenças autoimunes.
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