![Juiz da Operação Piloto mantém decisões de Moro, incluindo prisão de aliados de Richa Todas as decisões tomadas por Sergio Moro, na operação Piloto, foram mantidas pelo juiz Paulo Sergio Ribeiro. | Nelson Almeida /AFP](https://media.gazetadopovo.com.br/2018/09/9e9d9d1a742fb61b0125fb1343e4a2a1-gpLarge.jpg)
Em despacho publicado na manhã desta segunda-feira (24) no processo da Operação Piloto, o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal Criminal de Curitiba, decidiu acatar a recomendação do juiz Sergio Moro e manter todas as decisões tomadas por ele, na 53ª fase da Lava Jato, que investiga acusados de organizar um esquema para receber recursos da Odebrecht para a campanha de Beto Richa (PSDB) em 2014, em troca de privilégios na licitação para fazer obras e cobrar pedágio na PR-323. Ribeiro inclusive manteve os mandados de prisão preventiva contra Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa, e o empresário Jorge Atherino, detidos desde o dia 11 de setembro, quando foi deflagrada a operação Piloto.
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A redistribuição do processo foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no dia 19 de setembro, acatando o pedido da defesa de Richa, de que o caso não tinha relação direta com as investigações da Lava Jato e, portanto, não precisaria ficar nas mãos do mesmo juiz. Em despacho, Moro considerou que o caso se trata de um desdobramento dos repasses suspeitos do Setor de Operações Estruturadas, a chamada planilha da propina da Odebrecht, mas acatou a decisão do STF.
A redistribuição do processo, realizada na manhã do dia 20, definiu o juiz Paulo Sérgio Ribeiro responsável pelo processo relacionado à Operação Piloto, 53ª fase da Lava Jato. O mesmo magistrado já comanda outro caso relacionado ao governo Richa. Quando Moro abriu mão da Operação Integração, relacionada a suspeitas sobre irregularidades no pedágio no Paraná, foi esse mesmo juiz que assumiu o processo. Na época, ele manteve todas as decisões tomadas anteriormente por Moro.
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Outro lado
A Gazeta do Povo tentou contato com a defesa dos dois presos. Não houve retorno do escritório de Roberto Brzezinski, que atende Deonilson Roldo. Já o advogado Carlos Alberto Farracha de Castro, da assessoria jurídica de Atherino, informou que pretendia pedir a liberdade do cliente e a nulidade das medidas tomadas por Moro. Um recurso efetivamente foi protocolado.
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