A desembargadora Cláudia Cristofani, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) homologou, no final de julho, a delação premiada de Hélio Ogama, ex-diretor-presidente da Triunfo Econorte que é réu no âmbito da Operação Integração, a 48ª fase da Lava Jato. Com isso, Ogama deve passar para a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico no final de agosto, após passar seis meses em regime fechado.
Segundo os termos do acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF), Ogama se compromete a colaborar na elucidação dos fatos em apuração no âmbito da operação e, além disso, a devolver R$ 2,2 milhões em forma de multa compensatória. Pelo documento, os pagamentos deverão ser realizados até 2021.
Com isso, Ogama deve permanecer mais um ano em prisão domiciliar; dois anos no regime aberto, com uso de tornozeleira eletrônica; e dois anos cumprindo seis horas semanais de serviços à comunidade.
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Relembre o caso
O então diretor-presidente da Triunfo Econorte é uma das 17 pessoas que se tornaram réus no âmbito da Operação Integração, depois que a denúncia oferecida pelo MPF foi aceita pelo juiz Sérgio Moro. Ele foi preso em 22 de fevereiro, quando a operação foi deflagrada, junto com outras cinco pessoas. Entre elas estava o então diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), Nelson Leal Júnior.
Relembre aqui cinco pontos sobre a investigação.
A investigação apura casos de corrupção ligados à concessão de rodovias federais que fazem parte do Anel de Integração no Paraná. De acordo com a denúncia do MPF, os envolvidos implantaram um esquema de contratações fraudulentas que gerava dinheiro em espécie para pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e também para enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da empresa.
Outro lado
Em nota, a Triunfo Econorte informou que não comenta investigações em andamento e que tem atendido a todas as solicitações das autoridades.