A marqueteira Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, disse em depoimento ao juiz Sergio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato, que parte das despesas da campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT) à prefeitura de Curitiba, em 2008, foram pagas pela Odebrecht por meio de caixa 2.
Segundo Mônica Moura, naquele ano sua empresa recebeu R$ 18 milhões da Odebrecht. “Isso foi uma colaboração, uma doação que a Odebrecht fez para a campanha da Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo em 2008, que nós fizemos o marketing, e a campanha da senadora Gleisi Hoffmann à prefeitura de Curitiba, também em 2008. Eles colaboraram com as duas campanhas pagando uma parte do nosso trabalho”, disse Mônica ao magistrado.
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No depoimento não fica claro quanto do valor total citado pela marqueteira teria sido destinado à campanha de Gleisi e quanto teria alimentado suposto caixa 2 de Marta Suplicy.
Ouça o trecho do depoimento onde Mônica Moura fala sobre o pagamento
A marqueteira disse ainda não se lembrar exatamente como recebeu o pagamento da Odebrecht, mas que provavelmente o pagamento foi feito no Brasil, e não em contas que o casal mantinha no exterior. Segundo Mônica Moura, os pagamentos feitos no Brasil eram geralmente em dinheiro vivo, que era entregue em malas ou mochilas em quartos de hotel e flats.
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Outro lado
Por meio de nota, a senadora Gleisi Hoffmann negou que tenha solicitado contribuições da Odebrecht. “Reitero que não solicitei contribuição para as minhas campanhas aos executivos da Odebrecht e nem que solicitei que pagassem contas da campanha citada. Todos os valores que foram recebidos como doação ou pagos aos prestadores de serviços constam das minhas prestações de contas aprovadas pelo TRE”, afirmou Gleisi.
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