Acusado de participar de um esquema de corrupção no pedágio no Paraná, Gilson Beckert morreu no domingo (13), aos 82 anos. Ele foi funcionário do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), entre janeiro de 2013 e junho de 2016 e era um dos responsáveis por fazer as revisões técnicas que resultaram em alterações contratuais no sistema de concessão de rodovias. Ele estava acamado há algum tempo, de acordo com informações do processo, e teria morrido, segundo a assessoria jurídica, de insuficiência respiratória.
Beckert foi um dos envolvidos na Operação Integração, 48ª fase da Lava Jato, deflagrada em fevereiro e que levou para a cadeia a cúpula do DER e também da concessionária Econorte, que administra rodovias no Norte Pioneiro. O centro da investigação do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) é um aditivo contratual que elevou as tarifas cobradas na região ao patamar das mais altas do Paraná. A denúncia foi formalizada pelo MPF e aceita pela Justiça Federal, pelo juiz Sergio Moro.
Segundo a denúncia, cerca de um mês depois da nomeação de Gilson Beckert no DER foi aberta a empresa PGB Engenharia, em nome do filho dele, Paulo Beckert. A empresa teria recebido ao menos R$ 700 mil para prestação de serviços à Econorte e a uma subsidiária da concessionária. A investigação localizou um e-mail em que Gilson Beckert teria escrito que aceitou o posto para “ajudar os amigos”.
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