A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público Estadual (MP-PR) iniciou uma investigação para apurar uma suposta proteção da Operação Publicano a um contador em Londrina. A denúncia foi feita pelo auditor fiscal Orlando Aranda, investigado e já condenado no esquema de desvio de recursos públicos da Receita Estadual. As informações foram divulgadas pela RPC TV.
Num recente interrogatório prestado à Justiça, Aranda acusou o MP-PR de deixar de investigar o contador Paulo Caetano de Souza, que supostamente intermediaria acordos de corrupção entre auditores fiscais e empresas envolvidas na Publicano. Segundo Aranda, o órgão teria ignorado a suposta participação do contador no esquema pelo fato de Souza manter negócios com o promotor Renato de Lima Castro, que atua no caso.
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Conforme dados da Receita Federal, ambos de fato são sócios em empreendimentos imobiliários em Londrina. Diante disso, a PGJ abriu um procedimento para apurar o caso e, além de Orlando Aranda, ouviu nesta quinta-feira (25) Renato de Lima Castro e os outros promotores que participam das investigações no âmbito da Publicano. Também foi ouvido o principal delator da operação, o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza.
À RPC TV, Renato de Lima Castro admitiu participação nos empreendimentos imobiliários ao lado de vários outros investidores, mas negou a concessão de qualquer privilégio a Paulo Caetano de Souza e afirmou que o MP-PR atua sempre de forma imparcial. Já o contador, além de negar ter intermediado propina entre auditores e empresas da região de Londrina, disse que é investidor em vários negócios e que teve o nome usado indevidamente para atacar o MP-PR.
Condenado a mais de 14 anos de prisão por participação nas fraudes na Receita Estadual, o auditor fiscal Orlando Aranda recorreu da sentença e, por isso, aguarda o julgamento do recurso em liberdade.
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