Pelo menos nove suspeitos de terem participado do assalto a uma empresa de transportes de valores no Paraguai – em que os criminosos levaram US$ 40 milhões – foram presos na tarde desta segunda-feira (24), no Oeste do Paraná. As prisões ocorreram após perseguições e intensos tiroteios, em que os fugitivos usavam armamento pesado, como fuzis AK-47 e submetralhadoras. Além dos presos, três homens que seriam integrantes da quadrilha teriam morrido na troca de tiros. As informações são de policiais que participam das buscas e ainda não foram confirmadas oficialmente pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
A caçada aos suspeitos começou no início da tarde, depois que, segundo informações extraoficiais da Polícia Federal (PF) e da Polícia Militar (PM), ao menos parte da quadrilha cruzou a fronteira a bordo de uma embarcação, que atravessou o Rio Iguaçu. No local da travessia, os suspeitos deixaram para trás três carregadores de fuzil AK-47 e roupas.
Pouco depois, ocorreu o primeiro tiroteio, em São Miguel do Iguaçu, onde os criminosos conseguiram roubar uma viatura do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) da PM. O grupo teria usado, ainda, pelo menos outros três veículos na fuga – duas caminhonetes e um Volkswagen Touareg.
Adiante, entre São Miguel do Iguaçu e Itaipulância, houve nova troca de tiros, em que dois homens acabaram presos. Dois teriam sido baleados e não resistido aos ferimentos. Segundo áudios trocados entre policiais militares, o tiroteio durou mais de 40 minutos. Em algumas das gravações, é possível ouvir as rajadas de fuzis. Além das prisões, um arsenal foi apreendido com os suspeitos.
Ainda não está confirmado o total de confrontos entre a polícia e os criminosos. Foram vários porque, segundo relatos das forças de segurança, a quadrilha teria se dividido em vários grupos ao cruzar a fronteira para o Brasil.
A suspeita é de que os criminosos que cometeram o assalto sejam ligados a facções criminosas – o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Em sua conta pessoal no Facebook, o secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita, confirmou duas prisões e uma morte.
O presidente Michel Temer (PMDB) divulgou nota, informando que colocou a PF à disposição das autoridades paraguaias para colaborar com as investigações. “O governo federal acompanha os desdobramentos das ações policiais já em curso em território nacional e apoiará, com todos os recursos necessários, as investigações conduzidas atualmente pelas autoridades paraguaias”, disse.
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