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Hélio Sacchi, presidente da Associação dos Operadores dos Postos dos Campos Gerais. | aRede/Jornal da Manhã/
Hélio Sacchi, presidente da Associação dos Operadores dos Postos dos Campos Gerais.| Foto: aRede/Jornal da Manhã/

Enquanto a maioria dos postos de combustíveis já fecharam as portas por falta de combustível, um estabelecimento em Ponta Grossa, no Paraná, ainda tem produto para vender, mas não está com movimentação acima do normal. A situação atípica é fruto de uma atitude nobre. O dono decidiu deixar de vender para o público comum e garantir o abastecimento de viaturas.

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Hélio Sacchi, presidente da Associação dos Operadores dos Postos dos Campos Gerais, conta que, na tarde de quarta-feira (23), ao perceber que a greve dos caminhoneiros poderia afetar o abastecimento por vários dias, resolveu destinar toda a gasolina para a frota de segurança pública e emergência. “Liguei para o comandante da Polícia Militar e perguntei se ele queria. Respondeu que sim e que estava aliviado, porque tinha a perspectiva de começar a faltar”, comenta.

O posto destinado ao abastecimento das viaturas fica embaixo do Viaduto do Núcleo Santa Paula e faz parte de uma rede com outras oito unidades – que seguem atendendo o público em geral. Ao ser questionado sobre o que motivou a decisão, Sacchi foi categórico: “Fiz pensando na cidade e na segurança. Imagina se os bandidos souberem que as viaturas não têm mais combustível?”.

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Estoque

A demanda das forças de segurança ficou acima do esperado. Inicialmente, Sacchi imaginava que teria combustível até domingo (27). “Mas as viaturas estão precisando andar mais do que o normal, então já acabou a reserva para a Polícia Militar, Defesa Civil e outros órgãos de segurança”, disse ele, neste sábado (26). Agora, há apenas um estoque limitado, destinado às viaturas do Instituto Médico Legal (IML). Também há diesel disponível para caminhões do Corpo de Bombeiros.

Mesmo com os postos de gasolina sem movimento, Sacchi tem tido muito trabalho. Ele contou que está levando água e alguns mantimentos aos caminhoneiros parados na cidade. “Continuo apoiando o movimento, mesmo com a situação se agravando. Espero que eles não fechem acordo para uma redução de preço do combustível por apenas 15 dias”, contou. Segundo o empresário, ele também ajudou a liberar a passagem de caminhões com cargas hospitalares, confirmadas por nota fiscal. Além disso, ofereceu o próprio carro, a diesel, para que médicos da cidade possam fazer atendimentos emergenciais. “Por essas e por outras, esperamos que não ocorra nenhum problema de saúde na cidade”, acrescentou.

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