O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quinta-feira (21) mais duas denúncias da Operação Integração. Desta vez, Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), e Dirceu Pupo Ferreira, contador de empresas da família Richa, são acusados pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. Para o MPF, eles integram o “núcleo financeiro” de um esquema de propina ligado aos contratos entre governo do Paraná e concessionárias de rodovias. Beto Richa já responde pelos mesmos crimes.
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Luiz Abi Antoun deixou o Brasil em setembro de 2018 e ainda não retornou. Ele estaria no Líbano. O MPF informou que buscará cooperação jurídica internacional para citar o acusado. Já Pupo está preso desde 25 de janeiro último. Ele já havia sido denunciado por lavagem de dinheiro.
O MPF afirma que Luiz Abi Antoun exercia o papel de “caixa geral de propinas” arrecadadas em “diversos setores do governo do Paraná em proveito de Beto Richa”. Já Dirceu Pupo Ferreira, ainda segundo o MPF, tinha a função de “reinserir na economia formal os valores ilícitos recebidos por Antoun em nome de Beto Richa, em operações de lavagem de dinheiro realizadas mediante a aquisição de imóveis”.
Para o MPF, Pupo recebeu pelo menos R$ 2,7 milhões, utilizados na aquisição de imóveis em nome da empresa Ocaporã Administradora de Bens, pertencente à família Richa.
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A Justiça Federal ainda deve analisar se acolhe ou rejeita as denúncias. O advogado Anderson Felipe Mariano, responsável pela defesa de Abi, disse que “as acusações são todas inverídicas e ele comprovará sua inocência”. O advogado Gustavo Alberine Pereira, que defende Pupo, informou que ainda analisa a denúncia e se manifestará na sequência.