O aparato de segurança montado pela Polícia Militar (PM) para garantir a segurança do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva custou R$ 110 mil ao governo do Paraná. Os dados não incluem despesas de outras forças de segurança, como a Guarda Municipal, o Exército e a Polícia Federal (PF). Lula foi ouvido na última quarta-feira (10), pelo juiz federal Sérgio Moro, em processo relacionado à posse de um tríplex localizado no Guarujá, litoral paulista.
As informações referentes aos gastos da operação constam de resposta a um pedido de informações apresentado na Assembleia Legislativa pelo deputado Tadeu Veneri (PT), líder da bancada de oposição. O documento destaca que a PM destacou 1,7 mil agentes para a operação. Parte dos custos se refere a helicópteros usados na ação. De acordo com a prestação de contas, foram realizadas 16 horas de voo, a um custo de R$ 2,5 mil a hora – totalizando R$ 40 mil.
A prefeitura de Curitiba informou que 250 guardas municipais participaram da operação - incluindo duas equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE), que atua em viaturas especiais. Além disso, o município cedeu 250 agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), que fizeram bloqueios em pontos de manifestação, principalmente nos arredores da Justiça Federal. Segundo a prefeitura, os servidores atuaram em horário normal de expediente, de modo que não houve gastos extras.
Na semana passada, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) havia informado que a operação contou com um total de três mil agentes, de todos os órgãos envolvidos na ação. Na ocasião, o contingente destaca chamou a atenção. Em frente ao prédio da Justiça Federal, centenas de policiais militares se perfilaram, em cordões de isolamento. A operação contou ainda com atiradores de elite e veículos blindados.
Lula em Curitiba: tudo sobre o dia do depoimento do ex-presidente a Moro
Em número de efetivo, a operação só perdeu para a Copa do Mundo, que congregou cerca de oito mil agentes. O aparato destacado para o depoimento de Lula superou, inclusive, o contingente que isolou a Assembleia Legislativa em 29 de abril de 2015, no episódio que ficou conhecido como “Batalha do Centro Cívico” – ocasião em que policiais dispararam contra manifestantes, deixando mais de 200 pessoas feridas.
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