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Fachada do Congresso Nacional, em Brasília. | Jonas Pereira/Agência Senado
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília.| Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Quando o assunto é permitir ou não o prosseguimento da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB), nem todos os integrantes da bancada do Paraná já têm posição definida ou estão dispostos a anunciar o voto. E até a data da votação do assunto no plenário – marcada para o dia 2 de agosto, na volta do recesso parlamentar – a pressão deve aumentar, especialmente do Planalto, que tem cobrado fidelidade dos seus aliados.

Quatro legendas da base de sustentação do presidente Temer, PMDB, PP, PR e PSD, já sinalizaram que podem “fechar questão” no plenário da Casa para rejeitar a denúncia da PGR, impedindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a peça contra Temer. As quatro siglas já fecharam questão no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro colegiado a analisar − e rejeitar − a denúncia da PGR, nesta quinta-feira (13).

Na prática, “fechar questão” significa que parlamentares que eventualmente desobedecerem à orientação do partido podem sofrer punições, de uma mera advertência até a expulsão. E isso pode complicar a vida de deputados federais do Paraná.

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Dos quatro peemedebistas do Paraná, Sergio Souza, Osmar Serraglio, João Arruda e Hermes Frangão Parcianello, apenas o primeiro já confirmou publicamente que votará a favor do presidente. 

Serraglio e João Arruda andam em má fase com a cúpula nacional do PMDB. Sobrinho do senador Roberto Requião (PMDB-PR), Arruda já até admitiu recentemente que pode abandonar a legenda. Já Serraglio não engoliu até hoje a forma como o Planalto o destituiu da pasta da Justiça e Segurança Pública. Na CCJ, ele também perdeu a cadeira de titular. Correligionários à frente da manobra teriam ficado com dúvidas sobre o posicionamento de Serraglio na votação dentro do colegiado. 

Já Frangão, que não costuma participar de debates na Casa, também deve ficar alheio a qualquer orientação partidária. Até agora, não se preocupou em se posicionar publicamente sobre o tema. 

Dos quatro paranaenses do PSD, apenas Evandro Roman confirmou abertamente o voto a favor do chefe do Executivo, inclusive na CCJ. Os demais, Sandro Alex, Edmar Arruda e Reinhold Stephanes, ainda não disseram publicamente se ajudarão Temer a escapar da denúncia. Pelo contrário: Sandro Alex, por exemplo, já admitiu a gravidade das delações da JBS e pessoas próximas a ele garantem que o voto do parlamentar será contra o presidente.

No caso do PR, Christiane Yared, deputada federal mais votada dentro da bancada paranaense nas eleições de 2014, não deu qualquer sinal de recuo sobre a posição que publicamente defende, a favor da denúncia. Já os outros dois paranaenses filiados à legenda, Giacobo e Luiz Nishimori, têm sido fieis ao Planalto até aqui, mas também não anteciparam o voto quando questionados pela imprensa. 

A unanimidade pró-Temer deve ser vista apenas no PP: os paranaenses Nelson Meurer e Dilceu Sperafico devem votar contra a denúncia. 

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