Reunido em Foz do Iguaçu com lideranças políticas e empresariais de 14 municípios que integram a chamada “regional Costa Oeste”, o ex-senador Osmar Dias (PDT) afirmou, na noite desta sexta-feira (08), que disputará as eleições de 2018 pelo PDT, negou a possibilidade de coligação com o PT e criticou o governo de Beto Richa (PSDB).
Embora o encontro tenha sido previamente anunciado como uma reunião suprapartidária, predominou no evento, que reuniu cerca de 200 pessoas, a presença de pedetistas interessados em compreender os últimos lances dados por Osmar no tabuleiro da composição política a ser consolidada rumo à disputa eleitoral do ano que vem.
Preocupado em garantir espaço nos municípios diante da ofensiva promovida por seu principal adversário anunciado até o momento, o deputado estadual Ratinho Junior (PSC), Osmar segue em caravana acompanhado do deputado estadual e líder do PDT na Assembleia Legislativa, Nelson Luersen.
Coube ao parlamentar amaciar o terreno antes que o líder maior da sigla falasse ao microfone. “O Osmar não pode se encontrar com qualquer liderança política de nosso Estado que já fazem o maior alarde”, disse.
“Prova disso foi o episódio em torno da reunião com Roberto Requião na semana passada. Precisamos entender que temos, sim, que estar abertos ao diálogo e ouvirmos quem estiver disposto a conversar. Requião foi governador de nosso Estado por duas vezes. É óbvio que temos de ouvi-lo. Sabemos de seus defeitos, mas não podemos negar também que tenha qualidades”, afirmou o deputado ao discursar para prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e demais lideranças presentes ao evento.
Afônico devido aos inúmeros encontros que tem realizado nas últimas semanas ao percorrer o interior do Paraná, Osmar falou menos, porém não poupou críticas ao governo de Beto Richa (PSDB) e fez questão de rechaçar qualquer possibilidade de coligação com o PT.
“Até onde sei, eles terão candidatura própria. Não há o que se falar em aliança com quem pretende disputar o mesmo cargo que você”, declarou.
Pé na estrada
Em entrevista à Gazeta do Povo, Osmar comentou o objetivo principal das reuniões que tem promovido e defendeu o termo que considera correto para ser empregado nesta empreitada: “Não estamos em caravana, estamos com o ‘pé na estrada’”.
“Em cada lugar que chegamos, saímos com propostas e pensamentos que certamente irão compor nosso plano de governo. Eu tenho um grupo de técnicos trabalhando para isso, mas é fundamental ouvirmos a população, de acordo com as particularidade de cada região”, explicou.
Questionado sobre as críticas que tem recebido por indicar proximidade a partidos alinhados à esquerda, Osmar afirmou que vai “buscar o apoio e o voto de todo cidadão paranaense”.
“Eu não acho que seja o momento de se discutir partidos, alianças ou ideologias. A questão que eu coloco agora é buscar apresentar um projeto para o Estado”, disse.
Quanto à composição partidária com legendas que integram a base de governo Beto Richa, Osmar afirmou que não pode “ter a pretensão de disputar uma eleição sozinho, sem apoios”.
“O governo tem dois candidatos. A vice Cida Borghetti e o Ratinho Junior. Agora, se os partidos que compõem o Governo do Beto quiserem me apoiar, eu receberei esse apoio de bom grado”, disse. “O que eu pretendo dessa vez é trazer o maior número de apoios possível e vencer. E farei isso filiado ao PDT”, sentenciou.
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