Um trem de carga que não circula pelos tradicionais dormentes de madeira e ferro. Essa é uma das propostas que chegou ao governo do Paraná – que está em fase de projeto de uma nova ferrovia, ligando Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá. Poderia ser uma solução ambientalmente menos impactante.
Um grupo árabe apresentou ao modelo aos servidores públicos que estão avaliando qual projeto será levado a licitação. Por enquanto, trata-se apenas de uma ideia, mas técnicos estão considerando uma viagem à Rússia para ver o sistema em funcionamento. Murilo Noronha da Luz, coordenador de concessões e parcerias da Secretaria de Planejamento, conta que o trem seria um tipo de transporte elevado, num misto de monotrilho e teleférico.
A proposta foi anunciada pelo grupo árabe como uma alternativa, ainda que para apenas um trecho, que seria capaz de prejudicar menos o meio ambiente, especialmente na Serra do Mar – que é uma das mais conservadas áreas de Mata Atlântica no Brasil. Contudo, o coordenador destaca que é necessário avaliar cuidadosamente os custos de instalação e de operação e também a viabilidade técnica do projeto. A viagem para conhecer o trem em funcionamento na Rússia ainda não tem data marcada.
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A ferrovia
Quatro consórcios, formados por empresas nacionais e estrangeiras, disputam para ver quem será considerado vencedor no projeto de construir uma linha ferroviária de mil quilômetros, ao custo estimado de R$ 10 bilhões. Depois de definida a proposta vencedora, uma licitação será realizada para decidir quem realizará a obra e administrará a nova linha ferroviária.
A expectativa é fazer a licitação para a construção da ferrovia no segundo semestre de 2019. Um dos objetivos é diminuir o trânsito de caminhões nas rodovias e também o valor do frete no transporte de cargas. A ideia é construir dois ramais ferroviários: um de Dourados (MS) a Cascavel e outro de Guarapuava a Paranaguá. No meio dos dois trechos há a linha férrea operada pela Ferroeste.
De Guarapuava a Paranaguá, a nova ferrovia seria paralela à BR-277. O transporte ferroviário no trecho é feito atualmente pela concessionária Rumo, que passaria a ter concorrência. Atualmente, menos de 20% das cargas que chegam ao porto de Paranaguá viajam de trem. Além do alto número de acidentes e do custo elevado para quem paga o frete, a movimentação de veículos pesados danifica o pavimento e prejudica o meio ambiente – com queima de combustíveis e emissão de gases.
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