
Cerca de 43% dos curitibanos atribuíram nota zero aos partidos políticos em um índice de confiança nas instituições que varia de 0 a 10. A informação está na pesquisa que embasa o Índice de Democracia Local, realizado pelo Instituto Atuação, e foi obtida após a realização de 900 entrevistas em todas as regiões da cidade. Dos entrevistados, apenas 11% avaliaram os partidos políticos com notas entre 6 e 10. A nota 10 foi a escolha de apenas 1% dos entrevistados.
VEJA OS DADOS:A qualidade da democracia em Curitiba
O dado coincide com o que se percebe em cenário nacional. De acordo com dados da pesquisa Latinobarómetro, 51,4% dos brasileiros não têm nenhuma confiança nas agremiações políticas. Por outo lado, apenas 1% dos entrevistados disseram ter muita confiança. Na América Latina, a desconfiança dos brasileiros em relação aos partidos só é menor que a registrada em El Salvador e Honduras.
LEIA TAMBÉM:Ele é um “arroz de festa” de audiências públicas. E faz um baita bem à democracia
Instituições e relações
Atrás dos partidos políticos no ranking de nota zero no quesito confiança estão a Câmara Municipal (32,1%); o governo federal (29,1%); o governo estadual (27,2%); o governo municipal (22,8%); e o Judiciário (15,1%).
A desconfiança não impera apenas a respeito das instituições, mas também nas relações interpessoais. Para 84,2% dos entrevistados, somente amigos e familiares são confiáveis; a maioria das pessoas, não. Em relação a essa confiança interpessoal, com base nos dados do Latinobarómetro, apenas 7,4% dos brasileiros acreditam que se pode confiar na maioria das pessoas. O índice é o menor da América Latina, onde a média é de 16,7%.
EM CURITIBA:Problemas da democracia estão mais na sociedade que nas instituições
No relatório em que analisa os resultados da pesquisa, o Instituto Atuação demonstra preocupação com essa falta de confiança dos cidadãos.
A cultura de confiança mútua gera uma rede de relações recíprocas, a ‘liga’ que conecta a sociedade. Quanto maior o capital social [as ligações entre os indivíduos], maior a percepção de sentido comunitário, e, assim, mais forte é o espaço público comunitário. Quanto menor o capital social, menor a confiança mútua. Desenvolver cultura democrática requer, portanto, gerar confiança entre as pessoas.
Após denúncia ao STF, aliados de Bolsonaro ampliam mobilização por anistia no Congresso
Bolsonaro tinha esperança de fraude nas urnas, diz Cid na delação; veja vídeo na íntegra
Bolsonaro aposta em Trump para uma “virada de jogo” no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
Motor dá sinal de fervura, mas o presidente quer acelerar
Deixe sua opinião