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Praça de Jataizinho tem a tarifa mais alta do Paraná. | Roberto Custódio/ Arquivo Jornal de Londrina
Praça de Jataizinho tem a tarifa mais alta do Paraná.| Foto: Roberto Custódio/ Arquivo Jornal de Londrina

A praça de pedágio mais cara do Paraná, em Jataizinho, na BR-369, no norte do estado, foi alvo de um protesto na tarde deste sábado (10). Cerca de 30 manifestantes fizeram um ato contra o valor de R$ 22 cobrado para carros e repercutiram as investigações levantadas pela Operação Integração, que apura desvios nos termos aditivos dos contratos de concessão de rodovias federais.

A concessionária Triunfo Econorte, que administra o trecho, informou que as cancelas da praça foram levantadas por volta das 14h30, nos dois sentidos da rodovia. O protesto terminou aproximadamente 16h30. Durante a manifestação, os carros que trafegaram pela região não pagaram a tarifa. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou o ato, que foi encerrado por iniciativa dos manifestantes.

De acordo com um levantamento da Gazeta do Povo, o desembolso passa de R$ 40 no percurso de 160 quilômetros entre Londrina e Ourinhos (SP). O governador Beto Richa (PSDB) já assinou a ordem de serviço para início da duplicação da BR-369 no trecho de 34,3 quilômetros entre Jataizinho e Cornélio Procópio. A obra será executada pela Econorte e custará cerca de R$ 226,7 milhões, com previsão de entrega para 2021.

Lava Jato

O Grupo Triunfo está sendo investigada pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Receita Federal na 48ª fase da Operação Lava Jato. Hélio Ogama, diretor-presidente da Triunfo Econorte, está detido na Superintendência da PF, em Curitiba.

De acordo com um despacho assinado pela juíza substituta Gabriela Hardt, a Construtora Triunfo depositou R$ 319 mil na conta da Rodrigo Tacla Duran, operador financeiro envolvido em outros esquemas revelados no âmbito da Lava Jato. A denúncia também afirma que o Grupo Triunfo teria simulado a contratação dos serviços do escritório de advocacia Tacla Duran Advogados Associados e que teria transferido a ele cerca de R$ 5,9 milhões, e ainda teria depositado R$ 62,4 milhões, entre 2008 a 2015, em favor de contas controladas por Adir Assad, envolvido na intermediação de pagamentos a agentes públicos através de empresas de fachada.

De acordo com a Justiça Federal, Hélio Ogama teria gerenciado esses pagamentos. “Na busca e apreensão foram apreendidos documentos que reforçam, aparentemente, a participação mais incisiva de Hélio Ogama na contratação da Tacla Duran Advogados pela Econorte e no gerenciamento de pagamentos”, afirma Hardt.

Outro lado

A Triunfo Econorte informou no final da noite que, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PFR), tomou todas as medidas cabíveis para regularizar a operação na praça de pedágio de Jataizinho.

Os advogados de Ogama se manifestaram no processo e afirmaram que ele “não se furtou a falar, tendo prestado depoimento de aproximadamente oito horas no 26 de fevereiro passado, não se recusando a responder a qualquer pergunta formulada, o que demonstra inequívoco intuito de contribuir com a investigação”. Eles também afirmaram que ele foi exonerado do cargo na Econorte.

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