O prefeito e o governador anunciaram o novo valor da passagem em Curitiba e região em vídeo.| Foto: Arnaldo Alves/ANPR

*Colaborou Gustavo Ribeiro, especial para a Gazeta do Povo

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Junto com o anúncio do novo valor para a passagem de ônibus de Curitiba, que sobe para R$ 4,50 a partir do dia 28 de fevereiro, o prefeito Rafael Greca (PMN) e o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) apresentaram outras mudanças no transporte coletivo da capital. Segundo a Coordenação da Região Metropolitana (Comec), as alterações incluem novas faixas exclusivas para ônibus em Curitiba e novas linhas integradas. As novidades são contrapartidas pelo subsídio concedido pelo governo estadual para pagar a conta do transporte em Curitiba.

De acordo com Gilson dos Santos, diretor-presidente da Comec, o órgão demanda que ruas por onde passa o transporte metropolitano, como a avenida Victor Ferreira do Amaral, tenham faixas exclusivas. Com isso, o sistema ganharia mais rapidez. “Hoje, a velocidade dos ônibus cai consideravelmente na chegada a Curitiba”, justifica.

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Novas linhas

Outra contrapartida da prefeitura da capital para receber o subsídio ao transporte coletivo é a recepção de novas linhas integradas vindas dos municípios vizinhos. No anúncio desta sexta-feira (22), Greca mencionou a linha Tupi- Curitiba, ligando o bairro de Araucária à capital.

De acordo com Santos, entretanto, os novos trajetos ainda precisam ser pactuados com a Urbs. “De imediato devemos apresentar a proposta de dez novas linhas de integração que são de interesse da região metropolitana”, diz. Além disso, a Comec estuda linhas para municípios mais distantes, como Quitandinha e Mandirituba.

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Agência Metropolitana

Mais uma frente de ação será a união dos esforços da Urbs e da Comec. A intenção, de acordo com Greca, é criar uma Agência Metropolitana de Transportes para pensar “a cidade grande como uma só”. “O governo do estado e as prefeituras da região vão trabalhar em conjunto para planejar os próximos 30 anos da região”, completou o governador Ratinho Junior.

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Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (22), o presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto, deu mais detalhes sobre as frentes de ação da nova estrutura. “Com a agência, poderemos fazer a gestão e a otimização de todo o sistema. Isso traz uma economia porque conseguimos evitar linhas sobrepostas, comuns ao transporte metropolitano e urbano, que acabam concorrendo entre si”, disse.

Com isso, de acordo com Neto, o objetivo é aproximar mais a tarifa técnica (ou seja, o valor pago às empresas de ônibus) da tarifa social (aquela que sai do bolso dos usuários do sistema).

A nova agência, entretanto, não começa a funcionar imediatamente. O presidente da Urbs estima que o “novo ciclo” comece só a partir do ano que vem, após estudos do governo estadual e da prefeitura.

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O preço da integração

Para chegar aos R$ 4,50 anunciados hoje - valor R$ 0,29 menor do que a tarifa técnica em vigor –, a prefeitura de Curitiba contou com R$ 40 milhões do governo estadual. Mais R$ 50 milhões serão injetados pela própria capital para manter a passagem nesse patamar, mesmo com um novo aumento da tarifa técnica (que deve acontecer nas próximas semanas, em virtude do reajuste dos salários de motoristas e cobradores).

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Do montante anunciado por Ratinho Junior, de R$ 150 milhões, a maior parte (R$ 110 milhões) é destinada aos municípios da região metropolitana. Com isso, a tarifa será a mesma em Curitiba e em outras nove cidades que fazem divisa imediata com a capital.

Nos municípios mais distantes – que compõem os chamados segundo e terceiro anéis da região metropolitana –, a Comec ainda estuda a tarifa que será aplicada. “Os municípios que não fazem divisa com Curitiba não terão a tarifa única de R$ 4,50. O valor, que será maior por causa da distância, será anunciado na semana que vem”, explica o diretor-presidente do órgão.

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Retomada após briga política

A integração do transporte coletivo de Curitiba com os municípios da região metropolitana foi retomada em 2016, após a entrada de Rafael Greca na prefeitura. No ano anterior, o então governador Beto Richa (PSDB) não concedeu o subsídio ao transporte, provocando a desintegração das linhas. À época, o prefeito de Curitiba era Gustavo Fruet (PDT), desafeto político do tucano.

Veja o vídeo do anúncio do aumento da passagem:

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