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 | Laycer Tomaz    /    Câmara dos Deputados
| Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados

O processo da Lava Jato que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal paranaense Nelson Meurer (PP) já entrou na sua etapa final. A Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, apresentou nesta quarta-feira (22) as alegações finais ao relator da ação penal, o ministro Edson Fachin. Ele foi denunciado pela PGR em outubro de 2015 e virou réu no STF em junho de 2016.

A partir das alegações finais da defesa, que ainda serão apresentadas, o caso estará pronto para o julgamento, ou seja, já pode entrar na pauta do STF a qualquer momento. A PGR informou que se trata da ação penal em fase mais avançada entre as 35 denúncias já oferecidas ao STF, no âmbito da Lava Jato.

Em suma, segundo a PGR, o parlamentar do Paraná teria se beneficiado de dinheiro do “Petrolão”. Filhos do parlamentar, o advogado Nelson Meurer Júnior e o empresário Cristiano Augusto Meurer também são réus no mesmo processo. Os três negam terem cometido crimes. Um dos principais depoimentos no caso foi do doleiro Alberto Youssef, delator na Lava Jato. Ele chega a narrar entregas de dinheiro feitas pessoalmente a Meurer.

Meurer era integrante da cúpula do Partido Progressista (PP), responsável pela indicação e manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Entre os anos de 2006 e 2014, de acordo com a denúncia da PGR, ele teria recebido vantagens indevidas no valor de R$ 357.945.680,52. O dinheiro foi repassado, ainda segundo os investigadores, pelo ex-diretor da Petrobras e também por Youssef.

A PGR identificou a prática de corrupção passiva por 269 vezes e de lavagem de dinheiro por 336 vezes. Por isso, quer a perda do mandato do parlamentar e pagamento de cerca de R$ 700 milhões, metade como reparação de danos morais e materiais e o restante para o ressarcimento aos cofres da União. 

A principal base eleitoral de Meurer é Francisco Beltrão. Em 2014, ele foi eleito com mais de 106 mil votos para o seu sexto mandato na Câmara dos Deputados. Em declarações à imprensa, já admitiu não ter interesse em se candidatar novamente no pleito de 2018. Se ele perder o mandato, Reinhold Stephanes (PSD) assume definitivamente uma cadeira na Casa. Hoje, ele está na condição de suplente em exercício. Além disso, o hoje suplente Paulo Martins (PSDB) também ganharia uma vaga temporária na Casa.

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