Piloto de avião que levava Bernardo Carli tinha dez anos de experiência

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Os corpos do piloto Laércio Tavares da Silva e do copiloto Luis Fernando Correa de Souza, vítimas da queda de avião que matou o deputado estadual Bernardo Ribas Carli (PSDB), foram liberados na madrugada de segunda-feira (23) e trazidos de União da Vitória, no Sul do Paraná, para Curitiba, onde foram identificados e estão sendo velados. Ambos viviam na capital.

Laércio, de 44 anos, comandava a aeronave Piper PA-34-220T Seneca V, prefixo PR-DMC, que sofreu o acidente no município de Paula Freitas, também no Sul do Paraná. Descrito pelos colegas como profissional e cuidadoso, ele deixou a esposa Liriam Senger e um filho, que completa nove anos em agosto.

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Laércio, que era piloto há aproximadamente dez anos, estava tranquilo no último contato feito com a família, pouco antes da decolagem da aeronave.“Tenho a convicção de que ele fez tudo o que podia para salvar a todos”, afirma Liriam. “Só nos resta o sorriso estampado nas fotos, as boas histórias e o exemplo de homem de caráter que ele foi.”

O avião que ele comandava era de propriedade da empresa Siderquímica Indústria e Comércio de Produtos Químicos S/A, na qual o piloto trabalhava há cerca de seis meses.

A reportagem procurou a Siderquímica, mas não houve um pronunciamento oficial sobre a queda da aeronave. De acordo com a assessoria do deputado Bernardo Ribas Carli, o avião foi emprestado ao parlamentar porque Carli era amigo dos donos da empresa.

Sonho interrompido

Luis Fernando Correa de Souza, de 29 anos, morreu sem conseguir completar o tempo necessário de voo para realizar o sonho de se tornar piloto, segundo o relato de um familiar. No fatídico voo que caiu em Paula Freitas, ele operava na função de copiloto e completaria a quantidade necessária de horas para obter sua licença para voar profissionalmente.

Descrito pela família como tendo um futuro promissor, Luis era músico e religioso. Nascido em São João do Caiuá, no Noroeste do estado, ele perdeu a mãe com apenas oito anos. Sua última comunicação foi uma foto enviada à namorada, avisando que havia pousado em Guarapuava e que logo partiria rumo a União da Vitória.

Familiares estavam na igreja quando souberam que Luis não havia chegado ao destino. Aquela era sua segunda viagem com o piloto Laércio.

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Em Curitiba

Os corpos do piloto e do copiloto foram recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML) de União da Vitória, na noite de domingo (22/07). Eles foram identificados e encaminhados para o IML de Curitiba para reconhecimento e liberação de familiares.

Os velórios ocorrem no bairro Umbará. O piloto será enterrado no Cemitério Parque São Pedro, no mesmo bairro, e o copiloto, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais.