Está aberto até 30 de março o processo seletivo para policiais militares da reserva interessados em participar da primeira etapa do programa Escola Segura, do governo estadual. O programa pretende alocar pelo menos dois policiais até 100 escolas. Eles irão se revezar nos turnos das aulas para reforçar a proteção de alunos, pais e funcionários, além de prevenir a depredação dos prédios, combate às drogas e ao bullying.
RECEBA diariamente pelo WhatsApp as principais notícias do Paraná
Por enquanto, apenas Londrina, com 74 vagas, e Foz do Iguaçu, com 46 postos, irão receber o programa. Na sequência, devem ser ofertadas vagas também para a Região Metropolitana de Curitiba.
Quando isso acontecer, deverão estar cobertas 100 escolas dessas três regiões, com prioridade para as consideradas mais vulneráveis. A escolha envolverá critérios como localização, número de estudantes e de turnos de aulas. A decisão de aderir ao programa será da direção de cada escola, em conjunto com a comunidade escolar. O Paraná tem, atualmente, 2.143 escolas estaduais.
Podem se inscrever na seleção soldados da Polícia Militar (PM) que estão na reserva há no mínimo dois anos, e que tenham porte de arma vigente. Não podem participar militares reformados nem policiais com condenação ou denúncia criminal. O processo seletivo inclui testes físicos e de aptidão mental. As inscrições devem ser feitas pessoalmente nas Companhias do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), em Londrina e Foz do Iguaçu.
Os policiais aprovados receberão R$ 113 por dia de trabalho. Antes, passarão por treinamento para atuar no ambiente escolar. Um deles, promovido pela Defesa Civil, envolve a prevenção e enfrentamento de situações de crise e calamidade. Enquanto isso, a Secretaria de Educação deve preparar o corpo pedagógico e editar material de orientação para professores, alunos e pais.
A previsão é de que o projeto-piloto dure cinco meses e envolva 200 policiais militares voluntários. Depois disso, o governo vai avaliar os resultados e estudar se amplia ou não o projeto. O investimento nesta etapa é de R$ 5 milhões, que incluem as diárias dos policiais e os equipamentos necessários.
Antecipação
O programa estava previsto para ser lançado em maio. Porém foi antecipado por causa do massacre que matou dez pessoas em uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, no último dia 13 de março. “Tomamos a decisão de adiantar o cronograma para dar uma resposta rápida e firme ao que ocorreu em Suzano”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
Atualmente, as escolas são atendidas pelo programa Patrulha Escolar Comunitária, que envolve a PM e a Seed. O governo também conta com o programa Brigadas Escolares, que visa adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.