Antes mesmo da decisão de intervenção federal no Rio de Janeiro, o Paraná e demais unidades da federação já cediam policiais ao estado fluminense.
A Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR), por exemplo, cede 12 policiais por mês ao Rio desde 10 de julho do ano passado para a Operação Égide, que é parte do Plano Nacional de Segurança Pública. Os agentes trabalham em regime de escala de revezamento para reforçar o combate ao tráfico de armas, drogas e produtos contrabandeados: eles permanecem 30 dias no estado fluminense e depois são substituídos por outra equipe.
Até segunda ordem da Direção Geral da PRF, esse número não deve aumentar em função da intervenção federal no estado, decretada pelo presidente Michel Temer (PMDB) na última sexta-feira (16). Segundo a PRF-PR, não houve qualquer solicitação da divisão nacional para reforço no policiamento das rodovias federais do Rio.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, até o último dia 11 a Operação Égide apreendeu 800 armas de fogo, 137.479 unidades de munição, 2.625 veículos roubados, 176,9 toneladas de maconha (141 toneladas em veículos que trafegavam nas estradas dos estados fronteiriços) e 4,15 toneladas de cocaína e crack (2,7 toneladas nas proximidades com Paraguai e Argentina). Até o momento, 11.669 pessoas foram detidas.
Ainda segundo o ministério, a Operação Égide intensificou a fiscalização nas rodovias federais dos estados que fazem fronteira com Bolívia, Argentina e Paraguai, e aumentou também o cerco nos grandes corredores rodoviários que cruzam os estados brasileiros em direção ao Rio de Janeiro. As polícias rodoviárias federais do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro participam da ação coordenada.
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Paraná
A Operação Égide também teve reflexos no Paraná. No ano passado, a PRF-PR fez as maiores apreensões da história do estado na comparação com os anos anteriores. Entre janeiro e dezembro foram interceptadas 53,1 toneladas de drogas, 21,6 milhões de carteiras de cigarro, 277 armas de fogo e mais de 42 mil munições. No entanto, a PRF-PR não soube informar o impacto do reforço policial nesses números.
De acordo com PRF-PR, o aumento na fiscalização das fronteiras e corredores no Paraná será mantido por tempo indeterminado neste ano. O combate ao tráfico de armas e drogas na divisa com o Paraguai, Argentina e Mato Grosso do Sul foi reforçado nos últimos meses com o deslocamento de efetivo e equipamentos (incluindo aeronaves) para as regiões de fronteira, aumento das equipes em ronda e mais abordagens.
Apenas em janeiro, as equipes apreenderam 10,5 toneladas de maconha, 137,6 quilos de crack, 9,3 quilos de cocaína e 831 mil maços de cigarro.
Polícia Federal
A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná também informou que não recebeu solicitação de apoio operacional no Rio de Janeiro em função da intervenção federal na área de segurança pública.
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