Um Jeep Renegate e um Fiat Toro serão testados em Curitiba pelas polícias Civil e Militar do Paraná. Segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), os veículos foram cedidos pela Fiat, sem custos, por um período de 90 dias. No dia 26 de março, os carros devem ser devolvidos à fabricante.
A ideia é que as corporações examinem os veículos e avaliem, no dia a dia, se eles se adequam às necessidades de atuação de cada uma. Ao final do período, as polícias apresentarão à secretaria suas impressões sobre os carros.
De acordo com a Sesp, os carros estão sendo utilizados, no momento, apenas para ronda, em atividades de policiamento preventivo em Curitiba. A reportagem da Gazeta do Povo identificou o Jeep Renegade circulando pelas ruas da cidade com sirene e inscrições informando que se trata de um veículo em teste.
Não há planos, pelo menos por enquanto, de que os modelos entrem em operação, informa a secretaria, a menos que sejam considerados aptos para esse tipo de atuação. O teste começa com a PM e, posteriormente, os carros serão testados pela Polícia Civil.
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A Fiat informa que o comodato tem como objetivo demonstrar os veículos de forma prática, para que sejam testadas suas funções e adequações requeridas pelas polícias Civil e Militar, considerando eventuais licitações futuras para a compra de novos viaturas. Ainda segundo a montadora, o empréstimo foi realizado com a garantia “do preceito de impessoalidade da gestão pública e sem qualquer contrapartida para a empresa”.
A montadora avisa também que o teste de veículos é uma prática usual tanto com grupos de usuários privados quanto institucionais, e realizados com transparência. E acrescenta que experiências semelhantes já foram realizadas em Minas Gerais, Mato Grosso, Ceará e Piauí.
Viaturas humanizadas
Em junho do ano passado, o governo do Paraná entregou às polícias Civil e Militar as “viaturas humanizadas”. Os veículos do modelo Toyota Etios permitem a condução do detido no banco de trás, como qualquer passageiro, em vez de no porta-malas, modo mais comum de condução.
À época, a utilização dos carros gerou reclamações por parte de integrantes da PM, com relatos de que as adaptações feitas nos veículos reduziam o espaço para os policiais, na parte da frente, e que poderiam atrapalhar o trabalho. A Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai) informou no ano passado que a PM resolveu a questão direcionando soldados de estatura mediana para a utilização dos carros, empregados inicialmente em patrulha escolar.