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A construção de uma ponte como alternativa para a travessia Caiobá-Guaratuba vem sendo discutida há mais de 50 anos. | Lineu Filho/Gazeta do Povo
A construção de uma ponte como alternativa para a travessia Caiobá-Guaratuba vem sendo discutida há mais de 50 anos.| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo

A longínqua discussão sobre a necessidade de se construir uma ponte entre Guaratuba e Caiobá – ligação hoje feita pelo ferryboat no Litoral do Paraná – voltou à tona com o lançamento de um edital para contratar um projeto para a obra. O governo Beto Richa (PSDB) se propõe a pagar até R$ 919 mil por um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). Em outras palavras, está em busca de uma proposta que sugira alternativas de engenharia, que considerem as consequências econômicas e também ambientais da obra.

A discussão sobre a possibilidade de construir uma ponte ligando Guaratuba a Caiobá, em Matinhos, já se arrasta há mais de cinco décadas. Um dos principais empecilhos para a construção da ponte – além da discussão sobre os impactos ambientais – é o custo do projeto em relação ao fluxo de veículos, concentrado nos meses de temporada de verão. O edital divulgado pelo governo considera a hipótese de concessão da ponte, ou seja, que a obra seja feita por uma empresa que ganhe o direito de cobrar pedágio.

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Parceria

O projeto pode também ser uma parceria público-privada (PPP). É que, se a ponte ficar muito cara e a quantidade de pagantes for pequena, o governo pode custear parte das despesas para que a tarifa não fique muito pesada.

Por ano, cerca de 1 milhão de veículos trafegam nos acessos a Guaratuba. Aproximadamente 100 mil usam o ferryboat, com tarifas entre R$ 3,40 (moto) e R$ 46,90 (caminhão com reboque). O percurso rodoviário é pela Serra do Mar, descendo pela BR-376 e depois pela BR-101, o que inclui entrar em Santa Catarina, na altura de Garuva, e depois retornar ao Paraná.

Projeto anterior

Em 2016, a Gazeta do Povo mostrou o projeto da arquiteta Mirna Cortopassi Lobo, que propôs uma ponte de dois andares, apenas para veículos leves, com espaço para o trânsito de pessoas e bicicletas. O governo estadual informou que recebeu com muito interesse a proposta apresentada pela arquiteta e que está avaliando a viabilidade do projeto.

Projeto da arquiteta Mirna Cortopassi LoboDivulgação

Procurada pela reportagem, a arquiteta informou que não poderá participar da licitação porque o edital estabelece como pré-requisito para a participação já ter realizado projetos anteriores semelhantes – e não é o caso do escritório de Mirna.

A data-limite para a apresentação das propostas, originalmente marcada para 5 de dezembro, foi transferida para 22 de dezembro. A aprovação do projeto não garante a realização da obra, que ainda não tem qualquer previsão para ser executada.

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